Total de visualizações de página

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Entrevista na Rádio Mill/ Marconi Perillo “Não vou deixar nenhum nome do primeiro escalão para o ano que vem “

Marconi Perillo


“Não vou deixar nenhum nome do primeiro escalão para o ano que vem “

O governador eleito Marconi Perillo disse ontem (terça-feira 30) durante entrevista aos jornalistas Jerônimo Rodrigues e Ivan Mendonça no programa Falando Francamente, da Rádio Mil FM, que não irá iniciar sua gestão sem que todos os auxiliares do primeiro escalão estejam escolhidos. “Acho que uma característica de um governo eficiente é dar conta de pelo menos montar a sua equipe em tempo hábil”, declarou. O prefeito de Luziânia Célio Silveira, que coordenou a campanha de Marconi na região do Entorno do Distrito Federal é até agora o primeiro nome sondado para fazer parte do novo governo. Convidado para ocupar a Secretaria de Governo, o prefeito da quarta maior cidade do Estado pediu tempo para responder se aceita.

Na entrevista o novo governador de Goiás falou da decisão judicial que trava a liberação imediata de recursos para a Celg via Caixa Econômica Federal em decorrência de irregularidades no contrato assinado entre o governo do Estado e a instituição financeira. “Decisão não se discute, cumpre-se”, respondeu.

Marconi também abordou os entraves que surgiram nos últimos dias para que possa utilizar o Centro Cultural Oscar Niemeyer para a realização de uma exposição de artes do artista plástico Siron Franco e a festa da posse. Disse ainda que já convidou o engenheiro civil Lamartine Junior para auxiliá-lo nas obras do Centro de Excelência Esportiva e falou da sua disposição em dialogar com a oposição.



Pergunta – O senhor tem um prazo estabelecido para apresentar sua renúncia no Senado?

Marconi – Eu devo tomar essa decisão a partir do dia 15, até porque logo depois nós estaremos entrando em recesso e eu terei cumprido os meus compromissos como senador. Eu considero o saldo desse trabalho que realizamos muito positivo. Graças a Deus pude apresentar projetos importantes para o Brasil. Relatei igualmente projetos de grande relevância. Ao todo são mais de 70 projetos de Lei apresentados, vários aprovados na Câmara e no Senado, alguns já sancionados pelo presidente da república, além de ter relatado mais de 500 projetos e requerimentos de muita importância para o Brasil. Presidi a Comissão de Infraestrutura e sou atualmente primeiro vice-presidente do Senado. São espaços importantes ocupados por Goiás no Senado. Consegui também trazer mais de R$3 bilhões de recursos para Goiás, através de emendas com a participação da nossa bancada federal. Isso faz que eu tenha a sensação do dever cumprido como senador por Goiás.



Pergunta: O que a eleição deste ano mostrou como novidade no campo político?

Marconi – Essa eleição trouxe muitas novidades. Primeiro a presença forte da Internet. As redes sociais trouxeram um novo significado ao processo eleitoral. E na minha opinião, a próxima eleição municipal já significará um avanço ainda maior das redes sociais. Em 2014 eu acredito que a Internet vai dominar por completo o debate nas eleições. Uma característica dessa eleição foi praticamente o fim dos comícios. Para governador, por exemplo, nós praticamente não tivemos comícios. E os poucos comícios que foram realizados pelos muitos candidatos que se apresentaram se transformaram em verdadeiros fiascos. Os comícios praticamente deixaram de existir em Goiás. Eu mesmo fiz comícios, assim mesmo poucos, na região Norte. Todos sabem que do ponto de vista político, talvez a novidade tenha sido a presença muito forte em Goiás do pre sidente da república. Eu enfrentei uma eleição muito difícil contra tudo e contra todos. A máquina do Governo Federal jogou muito pesado aqui em Goiás. O presidente da república e a sua candidata contra; enfrentamos o governador do Estado, que foi eleito há quatro anos com nosso apoio e que nos abandonou ao longo do caminho e as três maiores prefeituras. Enfim uma grande máquina foi montada para nos derrotar. Felizmente, com a Graça de Deus e o apoio do povo conseguimos enfrentar esses desafios e vencemos. E agora estamos com o espírito desarmado, propondo a união de todos os goianos, superando as divergências antigas e preocupados apenas com o bem estar do povo goiano, a melhoria da vida das pessoas. Todos os esforços serão feitos no sentido de garantir a unidade dos goianos para que Goiás tenha um novo salto de desenvolvimento e de prosperidade.



Pergunta – Como está se dando o processo de montagem do seu novo governo?

Marconi – A base maior do nosso governo será a meritocracia. Eu vou escolher secretários com base não só em critérios técnicos e políticos, mas também que sejam ficha limpa. Terá que ser também preparado, qualificado para ocupar determinada função. Terá ainda de ser da nossa confiança. Acima de tudo, porém, terá ter condições de desempenhar bem o nosso plano de governo e as estratégias de gestão que serão implementadas a partir de 1 de janeiro. Em vista disso, eu não tenho tido muita pressa. O mais difícil já passou, que foi a eleição. Nós vencemos a eleição com muita dificuldade, como já disse. Mas conseguimos uma frente até razoável, 6%, quase 1,6 milhão de votos no 2 turno. Para a montagem do governo eu já estou trabalhando. Não paro de pensar um minuto sequer nos melhores nomes de homens e mulheres que possam de fato se desdobrar nos próximos anos para a construção do melhor governo para a vida dos goianos. Nós temos algumas limitações para montar uma equipe de altíssimo nível, composta por pessoas que possam desempenhar com desenvoltura, tranqüilidade e muita competência as funções de governo. A primeira delas é a questão da remuneração. Um executivo qualificado recebe na iniciativa privada até quatro vezes mais do que ganharia no governo do Estado. A gente tem pessoas talentosas que gostariam de vir para o governo, mas ficam impedidas em função dos salários. Essa, portanto, é uma questão que dificulta. Mas eu já estou, com habilidade e educação, começando a conversar com as pessoas e os partidos em busca de nomes qualificados para o governo.



Pergunta – Célio Silveira, prefeito de Luziânia que coordenou a campanha do senhor no Entorno do Distrito Federal é o primeiro nome?

Marconi – O prefeito Célio Silveira é emblemático, pela lealdade e pela competência como prefeito. Luziânia é quarto maior município em população de Goiás. Da nossa base é o maior município. O Célio Silveira foi um dos esteios da nossa vitória. Desde a pré-campanha o prefeito Célio está ao meu lado, articulando a nossa campanha. Além disso, ele representa uma região que conta hoje com 1 milhão de habitantes e cerca de 500 mil eleitores. É uma região que vai ser levada na mais alta consideração pelo governo. Ele (Célio Silveira) é uma pessoa hábil, competente. É claro que ele ainda não me deu a resposta definitiva. Eu espero que ele aceite. Ele vai ter que convencer a população de Luziânia que está muito satisfeita com a sua administração. A maior prova disso foi a nossa votação lá, em que pese o candidato à vice do Iris ser de Luziânia. Lá eu obtive 67% dos votos fundamentalmente em função do prestigio e da liderança do Célio Silveira.



Pergunta – O convite é para que o prefeito Célio assuma a Secretaria de Governo. Sua função será política ou administrativa?

Marconi – Será responsável pela articulação política com os partidos, com os prefeitos, com os deputados. O Célio tem muita habilidade, tem competência e é muito respeitado na minha base.



Pergunta – O senhor pretende anunciar os nomes da área econômica antes dos nomes políticos?

Marconi – Isso vai depender muita das articulações que farei. Eu fiz questão de convidar e anunciar inicialmente o nome do Célio porque ele é emblemático, é da minha mais estreita confiança. Ele está realizando uma administração de fôlego em Luziânia. Ele deve ter programado para o próximo ano mais de R$ 50 milhões em obras. Portanto, ele terá de refletir muito se vem para o governo. De qualquer maneira ele é uma pessoa que tem o meu respeito e terá tempo para decidir.



Pergunta – Qual o prazo para que o senhor anuncie todos os nomes do novo governo?

Marconi – Eu acredito que até o dia 30 de dezembro nós teremos concluído a composição da equipe. Eu não quero deixar nenhum nome do primeiro escalão para o ano que vem. Acho que uma característica de um governo eficiente é dar conta de pelo menos montar a sua equipe em tempo hábil. E eu não gostaria de começar o próximo ano sem ter toda a equipe completa, até porque se isso não acontecer nós vamos ter prejuízo no ponto de vista de gestão.



Pergunta – Vamos ter uma reforma Aadministrativa em seu governo?

Marconi – Teremos. Eu ainda não tenho o formato dela. Nós vamos minimizar o tamanho da máquina e maximizar os serviços que serão prestados. A Reforma Administrativa realizada no atual governo foi muito equivocada. Nós vamos ter que recolocar muitas coisas em seus devidos lugares, além de dar uma enxugada na administração para que sobre mais dinheiro para que possamos cumprir os nossos compromissos.



Pergunta – O senhor pretende convocar a Assembléia Legislativa neste próximo mês de janeiro para aprovar a Reforma?

Marconi – Isso ainda não está decidido, mas é provável. Vai depender da necessidade. Se realmente chegarmos à conclusão de que a Reforma Administrativa precisa de ser aprovada já no início do próximo governo, nós vamos convocar a Assembléia.



Pergunta – O senhor foi informado sobre esse plano “Goiás 2030” (base para a construção e execução dos próximos Planos Plurianuais -PPAs - e orçamentos estaduais) elaborado pelo atual governo? É possível aproveitar alguma coisa dele?

Marconi – Eu não tenho informação sobre esse plano.



Pergunta – A justiça bloqueou o pagamento da primeira parcela do empréstimo da Celg. Qual a opinião do senhor em relação a essa decisão?

Marconi – Decisão judicial não se discute, se cumpre. Toda essa discussão envolvendo a Celg nos últimos anos e agora mais recentemente sobre esse empréstimo ficou envolta em muito mistério. Um dos princípios basilares da administração pública é a transparência, a publicidade de suas ações. Ninguém sabe o teor e nem os termos desses contratos, se são bons ou ruins, se são lesivos ao patrimônio público. O que parece é que o governo quer botar a mão nesse dinheiro para resolver suas questões mais prementes já que está terminando o seu mandato. Nós queremos um programa de ajuste que resolva o problema da Celg de forma definitiva. Infelizmente o governador eleito não conhece uma linha sequer desse contrato de empréstimo da Caixa Econômica Federal para a Celg. E se isso for ruim, se for nocivo para os goianos? Nós vamos buscar u ma solução para a Celg conversando com os funcionários, dialogando com a sociedade e dando transparência a todos os atos. Se a gente conseguir essas informações até o dia 31 de dezembro, ótimo. Se isso não acontecer, a partir do dia 1 de janeiro nós estaremos comandando o Estado e teremos todas as informações necessárias. E todas as informações, sobre todos os órgãos, todas as secretarias serão apresentadas aos goianos. Nós não podemos mais ter um governo que omite informações com o único objetivo de desconstruir governos anteriores. Não podemos permitir mais que a dissimulação e a mentira prevaleçam no Estado. A partir de 1 de janeiro nós teremos um governo da velocidade, do trabalho, da mudança de comportamento, o governo da celeridade e, acima de tudo, o governo da verdade.



Pergunta – Além desse empréstimo de R$ 3,7 bilhões para sanear as finanças da Celg, tem também o empréstimo/ponte de R$ 770 milhões. É praticamente uma nova Cachoeira Dourada no fim do governo. Esse empréstimo/ponte também é preocupante?

Marconi – Sem dúvida alguma, até porque não se trata de um empréstimo/ ponte. Isso ai seria um desconto de recebíveis. Ninguém sabe a que tamanho de juros esses recursos seriam antecipados. Ninguém sabe qual é o spread (diferença entre os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas e as taxas pagas pelos bancos aos investidores que colocam seu dinheiro em aplicações do banco) que o governo pagaria a instituições bancárias privadas para receber antecipadamente esse valor. Eu considero esse um verdadeiro crime contra os goianos e Goiás. É importante destacar que o processo de privatização da Usina de Cachoeira Dourada custou muito caro para as pessoas que o fizeram. E o valor era semelhante. Nós não estamos falando de R$ 700,00 e sim de quase R$ 1 bilhão. Esse dinheiro não é do atual governo e nem meu. Ele é do povo goiano e precisa ser muito bem aplicado.



Pergunta – O secretário da Fazenda, Célio Campos declarou que caso a Celg não consiga esse empréstimo/ponte, as contas do governo do Estado poderão fechar no vermelho.

Marconi – Não deve ser verdade. Esse governo apregoou o tempo todo que não autorizava um centavo de gastos se não tivesse o valor correspondente para o seu imediato pagamento. Foi esse governo que alardeou um déficit de R$ 100 milhões e que concluiria o seu mandato sem dever um tostão a nenhum fornecedor, aos empreiteiros e à folha de pagamento. Eu espero que a palavra seja cumprida, afinal de contas passou (o atual governo) o tempo todo tentando desconstruir a minha imagem em função do malfadado e mentiroso déficit de R$ 100 milhões. Essa conversa está mal contada. Eu espero que isso (que o secretário Célio disse) não ocorra. Se isso acontecer estará claro para os goianos que esse governo, além da inércia e da incompetência de não ter realizado praticamente obra alguma, ainda é perdulário, que deixa para o seu sucessor uma enorm e dívida apesar de não ter feito nenhuma obra.



Pergunta – Quantos deputados estaduais e federais o senhor pretende chamar para a sua equipe?

Marconi – Esse é um assunto que eu ainda vou decidir com muito critério e muita atenção aos nossos companheiros, nossos parlamentares e aos nossos suplentes. Nós vamos decidir isso de acordo com a capacidade dos atuais parlamentares. E desejo fazer isso (convocar parlamentares para o governo) porque eles são muito qualificados. Nossa bancada tem um destaque enorme hoje no Congresso Nacional. Para trazer um deputado federal para cá é uma grande dificuldade, até porque todos eles têm espaços importantes no Congresso.



Pergunta: Como o senhor pretende encaminhar a questão da renovação da concessão do Eixo Anhanguera?

Marconi – Nessa semana possivelmente alguns membros da minha equipe técnica de transição deverão procurar o prefeito Paulo Garcia e iniciar as primeiras conversações no sentido de manter a concessão do Eixo Anhanguera sob a responsabilidade do governo. Afinal de contas, o Estado banca, através de subsídio, a passagem do Eixo Anhanguera e precisará investir muito, principalmente na aquisição de novos ônibus e na melhoria do corredor.



Pergunta – O senhor já teve algum contato com a presidente eleita Dilma Roussef e com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia?

Marconi – Nós nos desencontramos no dia da eleição. É claro que eu vou procurá-la no momento oportuno. Os governadores do PSDB vão se reunir com ela e eu tenho certeza que teremos uma ótima relação institucional, de alto nível com ela. Afinal de contas é isso que os brasileiros esperam dela e os goianos esperam de mim. Em relação ao prefeito Paulo Garcia eu já conversei com ele, um dia após a eleição. Me coloquei à disposição para celebrar as parcerias que forem necessárias para Goiânia. Acho que nós poderemos ter ações complementares em várias áreas aqui na capital e eu estou disposto a isso.



Pergunta – Depois da eleição o senhor teve algum contato com o ex-prefeito e seu adversário na disputa ao governo, Íris Rezende?

Marconi – Também desencontramos. Eu liguei para ele logo depois das eleições e ele depois me retornou, mas acabamos não conseguindo nos comunicar. É claro que no dia do aniversário dele eu vou procurar fazer um contato, vou parabenizá-lo. Nós fizemos uma campanha respeitosa. É claro que os militantes mais apaixonados de lado a lado às vezes trocam farpas. Eu acho que em relação ao que fizeram comigo a campanha foi relativamente de baixo nível, apesar de eu ter procurado mantê-la em alto nível. Nos debates eu fui respeitoso em relação aos adversários e de certa forma também no 2 turno a campanha do Íris foi respeitosa, pelo menos na televisão, em relação a minha pessoa. Somos pessoas que temos uma biografia a ser preservada. O Íris prestou seus serviços ao Estado no tempo dele. Prestei e vou continuar a prestar os meus serviço s a Goiás e não vejo problema algum em ter uma relação respeitosa e cordial em relação a ele. Afinal de contas, em política não se pode transformar adversários em inimigos.



Pergunta – O senhor manifestou o desejo de realizar a festa de posse no Centro Cultural Oscar Niemayer. No entanto alguns órgãos públicos estaduais e municipais disseram que o local não tem condições de receber nenhuma atividade sem antes ser reformado. Como o senhor pretende administrar essa questão?

Marconi – Houve um equívoco a relação a essa questão do veto. A promotora manifestou preocupações em relação à utilização imediata do Centro Cultural mas sequer assinou o termo de ajustamento de conduta. Eu até acho que o mais correto seria a assinatura (do termo) pelo próximo governo. Afinal de contas daqui a 30 dias nós teremos um outro governo em Goiás. Por outro lado o Centro Cultural está pronto e o meu desejo ao propor a festa da posse naquele espaço é o de mostrar aos goianos que o que aconteceu nesses últimos anos foi um verdadeiro crime em relação ao dinheiro público. Deixaram fechado um monumento à cultura durante cinco anos por capricho político. Hoje por exemplo o editorial do jornal “O Popular” trata disso de forma muito criteriosa e responsável. Nós vamos abrir o Centro Cultural. Eu espero que nesse ajustame nto de conduta possamos já ter a oportunidade de abri-lo pelo menos parcialmente a partir de 1 de janeiro. Eu vou insistir nessa tese porque ele está pronto. E vou definir um cronograma para que todas as obrigações em relação a licenças e compra de equipamentos sejam cumpridas num curto espaço de tempo. Eu vou propor à minha equipe que, caso seja possível esse ajustamento de conduta peçamos no máximo quatro meses para que todas as licenças e todas as obras de equipamentos estejam prontas. Eu convidei o artista plástico Siron Franco, que é o mais renomado de Goiás e um dos maiores do Brasil para fazer sua exposição de pinturas e esculturas a partir do dia 2 de janeiro no Centro Cultural. Ele aceitou na hora. O Museu de Artes Contemporâneas já está pronto, em condições de abrigar essa exposição e eu espero que pelo menos ele (Museu) seja liberado a partir de 2 de janeiro. No caso da festa eu não vejo problema algum até porque a esplanada e o estacion amento estão prontos. Na verdade o que eu quero é, simbolicamente, devolver o Centro Cultural ao povo. Foram investidos ali milhões de reais e ele precisa ter o desfrute da população goiana.



Pergunta – E qual será a atitude do senhor em relação ao Centro Olímpico?

Marconi – Eu convidei o dr. Lamartine (engenheiro civil Lamartine Reginaldo da Silva Junior), que foi o responsável pela construção do Estádio Serra Dourada e do Autódromo Internacional de Goiânia no governo de Leonino Caiado para ser, a partir de 1 de janeiro, o gerente responsável pelas obras do Centro de Excelência. Isso significa que ele a partir de agora já começa a trabalhar para, inclusive, buscar soluções para os problemas burocráticos que existem atualmente. De Israel (onde o governador eleito passou alguns dias em férias) fiz um telefone a ele e o convidei par que pudesse colaborar comigo nessa missão de transformar o antigo Estádio Olímpico num cartão de visitas para os goianos e em uma das principais praças esportivas da América do Sul.



Pergunta – O que o senhor gostaria de dizer ao povo goiano hoje depois de ter vencido essa eleição que o senhor mesmo diz ter sido a mais difícil que já disputou?

Marconi – Nesse processo eleitoral eu fui muito abençoado por Deus. Eu devo essa eleição a Deus e aos goianos. A eleição mais difícil da minha vida. Não me faltaram as bênçãos de Deus e nem o apoio do povo. Já no final da campanha eu tomei a decisão de visitar Jerusalém caso me elegesse governador para agradecer a benção da vitória e pedir sabedoria para fazer um grande governo. Eu confesso que foi uma das viagens mais emocionantes da minha vida. Ir a Jerusalém, visitar a Via Dolorosa ( rua na cidade velha de Jerusálem por onde Jesus carregou a cruz), chegar ao Gólgota (lugar onde cristo foi crucificado), ir ao Santo Sepulcro (lolcal onde Jesus foi crucificado, sepultado e onde ressucitou), ir ao Monte das Oliveiras (onde Jesus descansou e foi preso), ir ao Mar da Galiléia (onde Jesus incumbiu Pedro de construir a Igreja) ao rio Jo rdão (onde Jesus foi batizado), ir a Cafarnaum (onde Jesus fez os primeiros milagres na casa da sogra de Pedro), conhecer o local onde Jesus fez o sermão da Montanha, ir a Nazaré e visitar a casa onde Jesus morou, o local onde ele trabalhou com São José, isso tudo foi fonte de muita inspiração. E o que eu desejo aos goianos é que Ele (Cristo) esteja presente na vida de todos nesse Natal e em todos os dias dos próximos anos. Que as famílias recebam as bênçãos de Deus para que elas tenham condições de superar as suas dificuldades, de vencer os desafios e continuar lutando para a busca da verdadeira felicidade. Deixo aqui a certeza de que iremos realizar um governo que vai marcar definitivamente a nossa história. Eu estou muito animado e não vou desperdiçar essa chance de ser o primeiro governador eleito três vezes de forma democrática para comandar o nosso Estado.



Pergunta – No encerramento da entrevista eu quero registrar o abraço que o ouvinte Fábio pede para lhe ser retransmitido. O senhor tem uma mensagem especial para o funcionalismo público?





Marconi – Os funcionários públicos serão os meus colegas a partir de 1 de janeiro. Eles são permanentes, enquanto o governador é temporário. Eu vou aproveitar o máximo essa oportunidade para mais uma vez reconhecer o trabalho, os méritos e a colaboração importante dos funcionários na prestação de serviços ao povo.