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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Ninguém governa da garupa" diz Serra em visita a Goiânia

Em visita a Goiânia, o candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) reuniu-se ontem (sábado 11) com agentes comunitários de saúde no comitê do candidato ao governo do Estado senador Marconi Perillo (PSDB). Serra afirmou que o progresso de Goiás na última década é indissociável da figura de Marconi. “Fico muito feliz de encontrar aqui o senador Marconi Perillo, grande senador, grande governador e governador maior ainda a partir do ano que vem. O progresso de Goiás na última década é indissociável da figura de Marconi. Um governador competente que soube trazer progresso econômico e social para Goiás”, disse.


O presidenciável aproveitou o momento para criticar a candidata do PT, Dilma Rousseff, e o presidente Lula (PT) afirmando que “ninguém governa na garupa”. Serra usou o exemplo do candidato a deputado federal Paulo Maluf (PP), lembrando a época em que ele utilizou o prestígio que tinha para eleger prefeito da capital paulista Celso Pitta. “Ninguém governa da garupa. Se outro quiser mandar em quem foi eleito sai briga em quinze dias. Na cidade de São Paulo teve isso. Quando Maluf era prefeito, inventou um candidato, o Pitta. Chegou a ir na televisão e dizer: se Pitta não for bem nunca mais votem em mim. O Pitta entrou e em dois meses estava brigado com ele, foi uma tragédia para a cidade de São Paulo”, lembrou. Dando continuidade às críticas, Serra definiu-se como “um envelope aberto, que todos podem olhar, e que outro lado tem um envelope fechado que não se sabe o que tem dentro”, sugerindo que a história de Dilma é escondida pela própria candidata e por Lula.

“Minha história é conhecida. Eu não tranquei no cofre nenhum momento da minha vida, está tudo exposto. Eu não preciso que outros digam o que eu fiz, porque as pessoas sabem o que eu fiz. Eu não preciso que outros escondam meus erros. Todo mundo sabe o que eu fiz e o que eu deixei de fazer.”

Serra lembrou aos presentes que já foi testado na vida pública em praticamente todos os cargos, está na vida pública há muitos anos e já provou que soube fazer um bom trabalho, principalmente na área da saúde.

“Quando entrei no ministério tinha cerca de 1.500 equipes de saúde da família e 50 mil agentes comunitários. Quando saí tinha dez vezes mais equipes de saúde da família e três vezes mais agentes comunitários. Como ministro encaminhei a primeira lei que reconheceu a profissão dos agentes de saúde. Agora eu apoio e vou transformar a emenda constitucional que fixa uma remuneração mínima para os agentes de saúde”, declarou sob aplausos.

O presidenciável voltou a tratar do problema do aeroporto e a anunciou que, se eleito, construirá o metrô de Goiânia entre outros projetos. “Na Presidência vou ser amigo de Goiás. Marconi me diz sempre, aqui em Goiânia é uma vergonha o estado do aeroporto, é o que está em pior situação no Brasil. E não custa muito, não. No entanto, empreitaram o aeroporto. Metrô em Goiânia, que precisa tanto, vamos trazer sim. Vamos trazer o anel viário que Goiânia precisa, esticar a Norte-Sul até São Paulo. Vamos fazer em Anápolis um terminal de cargas, um viaduto que necessita e vamos duplicar a BR-060 até Mato Grosso. Isso se chama emprego, desenvolvimento”, ressaltou.

Marconi, por sua vez, afirmou ao candidato que ele e os senadores Demóstenes Torres (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB) têm levado a bandeira de Serra em Goiás contra tudo e contra todos. O senador fez menção à visita do presidente Lula a Valparaíso na semana passada, ocasião em que foi alvo de pesadas críticas, e afirmou que, ao contrário dos adversários, não tem padrinhos políticos. “Temos levantado sua bandeira aqui contra tudo e contra todos, porque você representa o que há de melhor e mais preparado neste País. Outro dia me atacaram em Goiás. Depois a imprensa me perguntou se eu tinha padrinhos, e eu disse: ‘Tenho dois padrinhos, Deus e o povo goiano’. Eu tenho certeza Serra, que seus padrinhos também são esses, Deus e o povo brasileiro”. “Vou plagiar Marconi: eu não tenho padrinho nem patrocinador, meu padrinho é Deus e o povo brasileiro”, emendou o presidenciável..

Aos agentes de saúde, Marconi lembrou que, ao lado de Demóstenes e Lúcia Vânia, tem lutado no Senado para regulamentar a profissão. “Eu, Demóstenes e Lúcia estamos ajudando a regulamentar a profissão de vocês no Senado. Os 25% a que vocês têm direito, vou atender se for eleito”, afirmou. A presidente da Federação Goiana dos Agentes de Saúde, Ruth Brilhante, disse que Marconi foi o único governador que trabalhou por eles. “Marconi, hoje nós não temos nada, nós fomos lesados. Os 25% a que temos direito não chega à nossa categoria, são desviados para outros fins. Estamos trabalhando para o senhor porque foi o único governador que nos ajudou, os outros não fizeram nada”, disse, recebendo aplausos dos agentes de saúde que lotavam o pátio do Comitê Central da Coligação Goiás Quer Mais.

Em entrevista coletiva à imprensa, Marconi comentou a importância da visita de Serra. “É uma visita que nos deixa muito contentes. Serra sempre demonstrou muito apreço por Goiás, por mim, pela Lúcia Vânia, por Demóstenes e pelo povo goiano. Eu fico feliz de vê-lo animado, falando de projetos para o futuro do Brasil e, principalmente, se comprometendo com o nosso Estado”, disse.

Marconi recebe apoios no Médio Araguaia

As carreatas que passaram ontem (domingo 12) pelo Médio Araguaia, em Doverlândia, Caiapônia, Piranhas e Aragarças, trouxeram ao candidato ao governo do Estado pela Coligação Goiás Quer Mais, senador Marconi Perillo (PSDB), apoio também de políticos de partidos da oposição. Eles justificaram sua decisão com o respaldo dado por Marconi Perillo a cada município da região e aos moradores durante os períodos em que governou o Estado.

Em Doverlândia, o prefeito Gaspar Alves disse que a cada dia aumenta o número de apoios a Marconi no município. Gaspar estima que pelo menos 70% do eleitorado de Doverlândia está com Marconi. “Estamos nos surpreendendo a cada dia com o número de pessoas que passam a apoiar Marconi em Doverlândia. Com esta visita de hoje de Marconi, então, alcançaremos pelo menos 70% do eleitorado de Doverlândia. Quando Marconi era governador, trouxe a municipalização da saúde doando o prédio do hospital, 240 mil metros de asfalto e mais de cem casas populares, entre outros benefícios, além de ampliar os programas sociais”, lembrou.

O ex-prefeito de Caiapônia Antônio Castro (PMDB) disse que decidiu trabalhar por Marconi devido à falta de democracia no seu partido e pelo fato de o senador ter sido um governador moderno. “Devido à falta de democracia no PMDB, que não dá oportunidades para as outras pessoas, os candidatos são sempre os mesmos, achei que era hora de apoiar um candidato com outro perfil, mais moderno, mais arrojado e que realmente fez bem para Goiás. Por essas razões resolvi apoiar Marconi. E eu não quero mais ter um chefe, quero ter um líder. E o Marconi não é chefe de ninguém, é um líder”, afirmou.

O prefeito de Bom Jardim de Goiás, Cleudes Baré (PSDB), que também é presidente da Associação dos Municípios do Médio Araguaia, entidade que engloba 24 municípios, avaliou a aceitação de Marconi nessa região e afirmou que o povo sabe reconhecer os benefícios de Marconi. “Quando foi governador, Marconi deixou um legado de trabalho, de amizade, de confiabilidade. Ele foi companheiro de todos os municípios. De forma inovadora e moderna, fez uma gestão aprovada por todos os goianos. O povo é sábio e sabe reconhecer isso. O povo entende que nos quadros atuais não temos nenhum candidato melhor do que Marconi”, disse. Na condição de presidente, ele afirmou ainda que Marconi é quase unanimidade na região. “Nessa região, sobretudo em Bom Jardim de Goiás, temos a convicção de que Marconi já é quase unanimidade. Nosso candidato costuma dizer que as principais obras dele não estão em concreto, mas no investimento no ser humano. E eu acredito nisso, porque ele deu autoestima e qualidade de vida à população. Tivemos aqui a pavimentação da GO-421, de várias ruas da cidade, um pólo da Universidade Estadual de Goiás (UEG)”, ressaltou.

O vice-prefeito Edson Godozim (PP) disse que apoia Marconi há muito tempo. “Apoio Marconi desde que ele foi candidato a deputado federal, e ele nos ajudou com várias emendas. Desde então, Goiás só teve ganhos com Marconi e com essa coligação. Alguns companheiros do PP que cuspiram no prato em que comeram tentaram atrapalhar a candidatura de Marconi, mas nós vamos mostrar nas urnas que eles não conseguiram isso”, disse. O vereador Willian Gregório (PMDB) afirmou que está cansado da política antiga de seu partido. “Apoio Marconi porque ele é o melhor para Goiás, e nós estamos cansados dessa política de coronelismo do PMDB, que não dá oportunidade para ninguém no partido. Tudo o que Marconi fez por Goiás está sendo refletido agora, e a nossa cidade é 80% Marconi Perillo”, disse. O vereador Divino Alves (PP) disse que o Tempo Novo ainda existe entre políticos do PP e PSDB no município. “Aqui o Tempo Novo continua firme e forte, e nós apoiamos Marconi para valer, estamos trabalhando para que ele vença as eleições ainda no primeiro turno”, declarou.