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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Demóstenes defende investigação de Erenice antes da eleição

Mirelle Irene
Direto de Goiânia

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senador Demóstenes Torres (DEM) disse hoje em Goiânia, ao participar de audiência pública sobre o novo Código de Processo Civil, que o Senado deveria abrir uma investigação do escândalo da Casa Civil antes das eleições.

O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), já protocolou na CCJ requerimento de convocação tanto da ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, que é suspeita de tráfico de influência, como da candidata do PT a presidência, Dilma Rousseff (PT), sua antecessora na Casa Civil.

"Com certeza seria melhor apurar antes das eleições, mas sem o presidente José Sarney (PMDB) convocar não há quórum", assinalou. Apesar de defender a ideia, Demóstenes acha que, na prática, o caso só será investigado mesmo após 3 de outubro."Não dá para votar antes porque o Congresso está praticamente em recesso. E para conseguir quórum precisa da convocação do presidente", afirmou."Particularmente, duvido muito que ele vá convocar a Casa para esta finalidade."
Demóstenes lembra que seriam necessários no mínimo 12 senadores na CCJ para aprovar um requerimento para iniciar a investigação. Ainda para o senador democrata, o escândalo da Casa Civil mancha a eleição deste ano. "Isso é muito ruim, prova que o esquema de corrupção está entranhado mesmo no poder no Brasil", acredita."Nós precisamos aprovar leis muito mais severas contra o corrupção no País. Aliás elas já foram aprovadas na CCJ, e estão na gaveta do presidente do Senado", disse.

GO: PMDB pede impugnação da candidatura de Renner

Mirelle Irene
Direto de Goiânia

A Coligação Goiás no Rumo Certo, do candidato ao governo pelo PMDB, Iris Rezende, ingressou com pedido de impugnação, junto ao Tribunal Eleitoral de Goiás (TRE-GO), da candidatura de Ivair dos Reis Gonçalves, o cantor Renner (PP), da dupla sertaneja Rick e Renner. Ele é candidato a senador na chapa do PR, do candidato ao governo Vanderlan Cardoso.



Segundo o advogado do PMDB, Marconi Pimenteira, a impugnação se deu por dois motivos. "Ele foi condenado a uma pena de reclusão por ter cometido um crime em Santa Barbara do Oeste, em São Paulo. E não declarou certidão sobre ele, ou seja, omitiu o fato", explicou, acrescentando que Renner foi enquadrado na lei do Ficha Limpa. "A lei diz que candidatos com condenação criminal não podem concorrer", lembra o advogado do PMDB.



Renner, de fato, foi considerado culpado de acidente em 2001 que matou duas pessoas no interior de São Paulo. O acidente ocorreu em agosto daquele ano, na Rodovia Luiz de Queiróz, em Santa Bárbara d'Oeste, a 138 km de São Paulo, na região de Campinas. Em 2005, após ser condenado, houve recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve a condenação e aumentou a pena para três anos e seis meses de detenção e determinou a suspensão da carteira de motorista dele pelo mesmo período. Em outra decisão, de 2007, Renner teve a pena privativa de liberdade substituída pelo pagamento de 360 salários mínimos e prestação de serviço à comunidade, equivalente a uma hora de tarefa por dia de condenação.



Por telefone, Renner - que está em campanha pelo interior de Goiás - falou com o Terra sobre o pedido de impugnação de sua candidatura ao Senado. "A Lei (da Ficha Limpa) diz que quem foi condenado por crime culposo está excluído (dela)", começou, lembrando que sua condenação não foi dolosa.



Segundo Renner, esta foi uma estratégia eleitoral do partido adversário contra sua popularidade. "Estas coisas acontecem porque na política há alguns coronéis que não querem que ninguém mais participe", completou. "Eles não fazem e não deixam ninguém fazer", afirmou.

Sabatina na OAB-GO

O candidato ao governo do Estado e senador Marconi Perillo participou ontem (terça-feira 21) de sabatina promovida pela Ordem dos Advogados de Goiás (OAB), no auditório da própria entidade, em Goiânia. Marconi respondeu a perguntas dos presentes e discutiu propostas do seu plano de governo para as áreas de Educação, segurança pública, obras estruturais e Saúde.


A primeira questão abordada pelo governadoriável foi a dos precatórios alimentícios. Ele lembrou que quando chegou ao governo havia 20 anos que os precatórios não eram pagos. “No meu tempo havia mais de 20 anos que precatórios alimentícios não eram pagos. Firmamos convênio com o Tribunal de Justiça e o Tribunal Regional do Trabalho. Mais de R$ 80 milhões foram pagos em precatórios alimentícios, e nós beneficiamos aproximadamente quatro mil advogados no Estado. Nessa área procurei receber uma relação de muito respeito com os advogados”, disse.

Na condição de bacharel em Direito, Marconi reforçou a vontade de aprimorar as relações com a área. Ele ressaltou a vontade de fazer o exame da OAB para tornar-se advogado e lembrou que o candidato a vice-governador por sua chapa, José Éliton (DEM), é advogado e poderá colaborar muito com projetos para a área. O presidente da OAB-Goiás, Henrique Tibúrcio, disse a Marconi que as custas judiciais de Goiás, entre as mais caras do País, é uma preocupação da Ordem. Marconi afirmou que, sendo eleito, buscará uma solução rápida. “Quando vim aqui, há doze anos, a principal demanda da OAB eram as custas judiciais, procurei enfrentar isso no nosso governo e conseguimos um pequeno avanço. Eleito governador, vamos buscar uma solução rápida”, disse.

Marconi ressaltou o Programa Próximo Passo, que consiste em um diagnóstico das principais necessidades das famílias goianas para aprimorar os programas sociais criados em seus governos dentro das novas necessidades sociais, e o investimento pesado na formação tecnológica. “Com o Programa Próximo Passo, teremos condições de começar a tirar as famílias da dependência exclusiva do Estado para que elas possam caminhar com as próprias pernas”, frisou.

O tucano voltou a discutir a questão da meritocracia que vai adotar em sua administração, se eleito. Ele lembrou os concursos feitos na área em seus governos. “Na minha época tínhamos poucos procuradores, e nós fizemos concursos, efetivamos, demos gratificações, consegui evitar novas evasões. Em relação à nova Lei Orgânica, estarei à disposição para debater com vocês. Vamos criar os chamados contratos de gestão e apostar na meritocracia”, afirmou.

Sobre a atual situação das estradas goianas, Marconi lembrou que quando chegou ao governo encontrou mais de 80 estradas paralisadas. “Ainda temos muitas rodovias velhas, sem acostamento. No meu governo criei os programas de manutenção das estradas. Vamos reconstruir as estradas estragadas, concluir as que faltam, e ligar as seis estradas goianas que ainda não são ligadas”, disse. O candidato reafirmou a necessidade dos programas criados em seus governos para a manutenção das estradas, como o Terceira Via.

Marconi disse também que, sendo eleito, fará uma nova reforma administrativa na área e defendeu a aprovação de um fundo que vincule recursos da União ao setor de segurança pública. “Vamos fazer nova reforma administrativa na área para termos agências e secretarias necessárias e extinguir as que não são necessárias. Defendo que seja aprovado um fundo que vincule recursos da união ao setor de segurança pública”, disse.



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Debate



Em entrevista a imprensa, Marconi avaliou o último debate com os demais candidatos ao governo do Estado, que foi ao ar segunda-feira (20) pela TV Record. Ele disse que não vai responder provocações dos adversários e manterá postura de um defensor de ideias e propostas para Goiás. “Esse será o formato da minha participação nos debates. Vou atuar como alguém que quer debater ideias, propostas, projetos para o futuro do nosso Estado e do nosso povo. Não vou aceitar provocações, vou sempre procurar participar de entrevistas e debates pensando no melhor para Goiás, atuando como um líder que precisa compreender que debate não é para agressão, não é para confronto pessoal”, atentou.

Marconi disse que o trabalho de campanha que tem realizado em Goiânia tem sido positivo e afirmou que o voto das pessoas precisa ser conquistado. “Sempre fui muito bem votado em Goiânia nas minhas duas eleições para governador tive uma maioria ampla em Goiânia, para senador tive 70% dos votos. Sou nascido em Goiânia, moro aqui há 35 anos e tenho um respeito profundo pelos goianienses. Estou budcando convencer os eleitores de que tenho uma boa proposta para o Estado. Espero convencer as pessoas democraticamente, com base em argumentos. Não vou procurar outros meios para ganhar votos. Os votos das pessoas precisam ser conquistados, e é isso que estou procurando fazer”, frisou.

Se o povo goiano tivesse acesso ao livro Os Coveiros do BEG, Íris Rezende não seria eleito nem governador do cemitério”,

Frederico Jayme Filho, do PMDB, alia-se a Marconi


No momento em que mais uma vez se socorre do prestígio do presidente Lula na tentativa de evitar a vitória de Marconi Perillo já no primeiro turno das eleições, o candidato do PMDB ao governo do Estado, Íris Rezende, sofre novo revés em seu projeto de retornar ao Palácio das Esmeraldas.

Confirmando o anúncio do deputado federal Luiz Bittencourt por ocasião de sua adesão à campanha de Marconi, de que uma expressiva parcela do PMDB está trabalhando por Marconi, mais um nome de prestígio desse partido anuncia que caminhará com o candidato da Coligação Goiás Quer Mais.O mais novo reforço da campanha de Marconi nesta reta final da campanha é o ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Frederico Jayme Filho, um dos mais conceituados membros do PMDB, coordenador de várias campanhas do partido no passado e que, na condição de presidente da Assembléia Legislativa, chegou a ocupar o governo do Estado durante viagem internacional do então governador Henrique Santillo.A solenidade de anúncio do engajamento de Frederico Jayme deu-se na manhã de ontem na Associação Médica de Anápolis (AMA), com o testemunho de centenas de lideranças políticas de várias regiões de Goiás. Outras expressivas lideranças do PMDB, que também acompanham Marconi nessas eleições, estiveram presentes na reunião, como o deputado federal Luiz Bittencourt, o advogado Ney Moura Teles, o ex-prefeito Juarez Magalhães e o ex- ministro das Cidades Ovídio de Angelis, entre outros líderes do partido. O ex-deputado Romualdo Santillo, também do PMDB, não esteve presente, mas mandou um representante anunciar que também estava aderindo à candidatura de Marconi.Embora estivessem militando em partidos opostos, Frederico Jayme Filho e Marconi Perillo sempre mantiveram relacionamento cordial. A ex-primeira-dama Valéria Perillo também faz parte da tradicional família de Frederico, cujo pai, Frederico Jayme, presente na solenidade, já ocupou cargos de relevância em governos passados. O próprio senador Marconi Perillo, jovem ainda, foi secretário particular de Frederico Jayme Filho durante sua rápida passagem pelo governo do Estado. Frederico Jayme, o pai, interrompeu Marconi em seu discurso de agradecimento para dizer que sempre lhe fez oposição. “Cometi um grande erro ao fazer-lhe oposição sistemática. Hoje vejo com clareza que não há ninguém mais preparado para ser governador de Goiás. Se o povo goiano tivesse acesso ao livro Os Coveiros do BEG, Íris Rezende não seria eleito nem governador do cemitério”, declarou Frederico Jayme.Momentos antes da fala de Marconi, Frederico Jayme Filho fez uma extensa explanação sobre os motivos que o levaram a essa decisão. A exemplo dos outros peemedebistas que estão com Marconi, Frederico disse que tem tido dificuldades extremas com a cúpula de seu partido. “Me dou bem com a base, mas não consigo me relacionar com a cúpula”, disse.O peemedebista que reforça a campanha de Marconi enfatizou ainda que “acima dos interesses partidários está o meu amor por Goiás. Meu desejo é que Goiás volte a crescer, a dar um espetacular salto no seu desenvolvimento. Quero ver de novo o povo alegre como estava nos governos de Marconi.” Depois de enaltecer as qualidades de Marconi como homem público, destacando seus projetos inovadores e visão de futuro, Frederico Filho disse que Íris Rezende “representa exatamente o oposto de tudo isso”. O peemedebista disse que sua posição não representava uma traição ao partido. “Como goiano apenas estou fazendo uma opção em favor do que é melhor para Goiás. Se o partido se sentir incomodado com a minha posição, tem todo o direito de tomar a decisão que quiser”, alertou.O novo aliado da campanha de Marconi disse ainda que também Íris Rezende deixou de apoiar candidatos de seu próprio partido no passado. “Se hoje eles disserem que meu posicionamento é uma traição, terão de explicar por que Íris deixou de apoiar Ulisses Guimarães à presidência em favor de Collor de Melo. Ele simplesmente abandonou um dos homens mais íntegros que a política nacional já produziu para seguir, de forma oportunista, Fernando Collor”, acusou.Frederico Jayme Filho afiançou também que não pensa em deixar o PMDB. “Pretendo continuar no partido, mas sempre apoiando o melhor para Goiás. Não me aliei a Marconi em troca de algo. Não há nenhuma permuta nesta minha decisão. A única coisa que lhe pedi em troca é que faça o melhor governo da história de Goiás”. O novo aliado de Marconi não poupou de críticas o candidato de seu partido. Leu trechos de um artigo que publicou no jornal Diário da Manhã em 2007, em que alertava para vários atos de irregularidades praticados por Íris Rezende como governador e ministro da Agricultura. “Hoje – acrescentou – vejo Íris dizer em seus programas na televisão que quer ser governador para salvar Goiás. Goiás foi salvo quando Marconi assumiu o governo em 1999. Recebeu um Estado falido, assim como Henrique Santillo recebeu um governo quebrado de Íris Rezende. Não podemos permitir que ele volte, será um retrocesso.”Frederico Jayme filho disse que sempre teve graves divergências com Íris Rezende. “Sempre combati as irregularidades que ele cometeu no governo de Goiás. Combati veementemente o uso do BEG para fins políticos e pessoais. Combati a venda da Usina de Cachoeira Dourada, um verdadeiro crime que cometeram contra a Celg e contra Goiás. Denunciei irregularidades gravíssimas que ele cometeu como governador e como ministro, usando dinheiro público para financiar armazéns para apaniguados. Eu o acusei em artigo publicado no jornal. E ele nunca respondeu, porque sabe que minhas acusações são verídicas”, salientou.Na presença de vários membros da família, Frederico Jayme Filho afiançou que todos estão unidos em favor da vitória de Marconi. O próprio candidato Marconi Perillo declarou que hoje tem o apoio de quase 100% da família. “Me sinto honrado e feliz em constatar que praticamente todos os membros da família de minha esposa, Valéria, estão reunidos em torno do nosso projeto. Vocês, neste momento crucial da eleição, me oferecem um reforço importantíssimo, que vai somar de forma definitiva para que alcancemos nossa meta já no dia 3 de outubro”, agradeceu o candidato.Em nome dos demais peemedebistas, o deputado Luiz Bittencourt declarou que “Frederico faz parte de um PMDB que quer o melhor para Goiás, que não aceita cabresto e que não está a procura de um chefe, e sim de um líder como Marconi.”