Economia - PIB goiano cresce acima da média em 2008
Puxado pelo setor agropecuário, Estado apresenta expansão de 5,02% por ano contra 4,19% do Brasil no período
Vandré Abreu
DA EDITORIA DE ECONOMIA
O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás em 2008 foi de R$ 75,275 bilhões, alta de 8% em relação a 2007, quando atingiu R$ 65,210 bilhões. A taxa de crescimento da economia goiana ficou acima da brasileira, que no referido período somou 5,16%. De 2002 a 2008, Goiás soma crescimento de 34,19%, média de 5,02% ao ano, e o Brasil 27,93%, média de 4,19% anuais. Resultado consolida o Estado como a nona economia do Brasil. O setor agropecuário foi o que mais cresceu no período, com majoração de 19,12%, seguido pelo de serviços, com alta de 5,47%, e a indústria, 5,71%. O PIB é o valor, a preços de mercado, de todos os bens e serviços finais produzidos no Estado.
A divulgação do resultado por parte da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (Seplan), em parceria com o IBGE, foi feita ontem e ocorre com defasagem temporal de dois anos devido à dificuldade no trabalho da pesquisa.
O secretário da pasta, Oton Nascimento, disse que o resultado deixa o governo estadual muito feliz, especialmente pelo grande peso conferido pela agricultura e indústria de transformação ligada ao setor primário, de alimentos e bebidas, que geraram impacto favorável ao resultado.
Segundo Oton, a valoração do PIB goiano em relação ao brasileiro se deu pelo trabalho de aumento de crédito para os investidores e produtores junto ao BNDES, FCO e PSI (Programa Sustentável de Investimento). “Em 2006, Goiás era responsável por 1,7% dos recursos do BNDES, muito aquém da nossa participação na economia nacional, defasado em 50% do peso do Estado, e agora isso mudou. Em 2008, conseguimos investimentos de R$ 1 bilhão pelo FCO e em 2010 já chegou a R$ 1,5 bilhão, e mais R$ 3,5 bilhões pelo PSI”, afirmou. A expectativa é que o PSI (que encerra em dezembro) possa ter continuidade em 2011, com trabalho da Assembleia Legislativa.
O secretário disse que a parceria firmada com a China na última semana vai gerar aporte de R$ 7 bilhões na agropecuária de Goiás, em um trabalho de produção de grãos que também fortalece a pecuária.
SEGMENTOS
A agropecuária goiana participou do PIB em 12,84%, em que 7,22% é da agricultura e 5,62$ da pecuária. No ano anterior, a participação do segmento foi de 11,01% e o crescimento foi de 6,68%. Já em 2008, a alta de 19,12% teve como referência a agricultura, com expansão de 32,04%, enquanto que a pecuária cresceu 2,50%, o que mostra um crescimeno estável. Neste referido ano, Goiás atingiu recorde na produção de grãos (13,3 milhões de toneladas), com 10% da produção nacional. Destaques foram a soja, superior à safra de 2007 em 11%; o milho, 23% acima da safra anterior; e a cana, 48% na relação com a outra colheita.
A atividade industrial em Goiás, em 2008, com crescimento de 5,71%, obteve participação de 26,21%, valor menor do que em 2007, quando somou 26,97% do PIB. A maior alta no ano de referência foi da indústria extrativa mineral (16,18%), seguida pela construção civil (8,24%) e transformação (6,16%). No entanto, houve queda na geração de energia, que resultou em recuo de 1,95%. Apesar da alta não ter sido a maior, a participação da indústria de transformação no PIB chegou a 39,80%, caracterizando um setor baseado na matéria-prima do Estado, fortalecido pelo bom momento da agropecuária.
O setor de serviços, que havia crescido 5,48% em 2007 e apresentou alta de 6,47 em 2008, também diminuiu sua participação de 62,01% para 60,95%. A intermediação financeira, seguros e previdência completar foram as atividades com maior alta (16,45%). Transporte, armazenagem e correio majoraram em 13,45%, serviços de informação em 10,84% e serviços prestados às empresas 9,69%. A única queda apresentada foi em relação aos serviços domésticos (- 2,35%), mas administração, saúde e educação públicas ficaram perto da estagnação, com alta de 0,12%. A maior participação dentro do segmento foi do comércio e serviços de manutenção e reparação, que somou 16,34%.
Em relação ao serviço público, na arrecadação de impostos, o ICMS participa em 64,14% do montante. Segundo Oton, neste período a arrecadação do tributo aumentou entre 16% a 18%. O Cofins contribui com 14,65%; o IPI em 8,18%; o ISS, 5,18%; impostos sobre a importação 4,53%; e outros 3,16%. Ao todo, Goiás, sendo a nona economia nacional, participa da mesma em 2,48%, e foi o Estado com maior taxa de crescimento entre os dez primeiros. O ranking é liderado por São Paulo, que participa em 33,08% do PIB nacional e soma R$ 1,003 trilhão em seu produto interno bruto.
No Centro-Oeste, pela primeira vez Goiás passou a taxa de crescimento do Mato Grosso, de 7,94%, e participa em 26,98% das riquezas econômicas da região. Em relação ao PIB per capita, o valor de 2008 foi calculado em R$ 12.879, o 12º do País, acima dos R$ 11.548 de 2007, e abaixo do nacional, em R$ 15.990.
Índice reforça importância do crédito
O economista Júlio Paschoal, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), lembra que Goiás é um Estado de fronteira de oportunidades, responsável por captar pessoas por migração, a partir da melhora do rendimento da economia goiana.
Júlio analisa o resultado do PIB divulgado pela Seplan enquanto um cenário positivo, que consolida o Estado em sua posição nacional e reforça a importância do crédito para a expansão das empresas. Para salientar, o ano de 2008 foi o início da crise financeira e econômica mundial, mas como os investimentos, na maior parte, se dá no início do ano, ou seu planejamento, não há impacto da mesma nos dados da Seplan.
Entretanto, reforça a expectativa de Oton Nascimento quanto ao crescimento do PIB nos anos de 2009 e 2010 e explica que isto ocorre por Goiás consolidar sua economia na base agropecuária e indústria de alimentos e bebidas. “Embora o Estado possa se sentir prejudicado em relação a outras economias por ainda ter industrialização recente, este fato contribuiu para o crescimento atingido por Goiás. Enquanto outros Estados cresceram menos pela paralisação das indústrias de ponta, aqui continuou produzindo alimentos e bebidas. A perspectiva é que em 2009 e 2010 Goiás mantenha um crescimento acima da média nacional.”

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terça-feira, 23 de novembro de 2010
Cidades - MP pede transferência de estátua de Pedro Ludovico
Cidades - MP pede transferência de estátua (MP)
da redação
Promotor de Justiça da 50º Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Umberto Machado recomendou à Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), na tarde de ontem, que o monumento “Resgate à Memória” em homenagem a Pedro Ludovico seja instalado no centro da Praça Cívica de Goiânia, no Setor Central, no prazo de 10 dias úteis. A obra seria inaugurada ontem, na Avenida 85 com a Rua 82, no Setor Central, em frente ao Instituto Histórico de Goiás e ao lado do Palácio das Esmeraldas, mas a solenidade foi cancelada devido ao impasse sobre a localização da estátua.
Autor de uma lei municipal que determina a instalação da estátua em local de destaque na Praça Cívica e da representação junto ao Ministério Público, o vereador Rusembergue Barbosa, que também move ação contra a Agepel no Juizado Especial da Fazenda Pública, diz que espera que o impasse seja resolvido com a determinação do MP.
A família de Pedro Ludovico Teixeira também considera o local inadequado. O neto dele, Pedro Ludovico Neto, diz acreditar que o ideal seria que o Estado cumprisse o projeto inicial de construir um memorial em homenagem aos pioneiros de Goiânia e instalasse a estátua na frente do memorial. “Caso isso não seja possível, a estátua precisa ser instalada, pelo menos, na área central da Praça Cívica”, ressalta.
O cancelamento da inauguração representa ainda uma vitória do DM. O jornal já publicou artigos de colaboradores que se manifestam contrários ao local escolhido para a homenagem, opinão também manifestada em cartas enviadas por leitores. Reportagens relataram o impasse e o adiamento da inauguração aconteceu, inclusive, no mesmo dia da publicação do artigo “Os que a História vai jogar fora”, do jornalista Batista Custódio, editor-geral do DM. No texto, Batista expõe as idas e vindas do monumento e o desrespeito com a memória de Pedro Ludovico.
Decisão
Na decisão, o promotor considera que a Agepel não pode instalar a estátua sem a autorização da família de Pedro Ludovico Teixeira, que a inauguração da obra no local escolhido pela Agepel caracteriza violação ao direito de propriedade material e que o local escolhido para a instalação afronta a legislação. De acordo com o promotor, a recomendação visa “evitar danos à memória histórica do fundador e estadista Pedro Ludovico Teixeira e atender ao interesse público na preservação do patrimônio histórico goiano”.
De acordo com a diretora de patrimônio Histórico e Artístico da Agepel, Tânia Mendonça, o órgão procurou escolher o melhor lugar para instalar a estátua, uma vez que “havia um compromisso da gestão atual de entregar a obra”.
Inicialmente, a Agepel iria instalar a estátua no morro do Serrinha, mas estudos técnicos demostraram que o local era inapropriado. O escritor goiano Bariani Ortêncio, que foi coautor da homenagem a Pedro Ludovico, diz acreditar que a Agepel escolheu o melhor lugar para instalar a estátua. “Tentaram de tudo, os outros locais já tinham monumentos tombados ou esbarravam na burocracia.” Segundo ele, para a escolha do local, a Agepel ainda se preocupou em ter o aval do Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reportagem do DM ligou no celular da presidente da Agepel diversas vezes na tarde de ontem, mas ela não atendeu o telefone.
Obra da artista plástica goiana Neusa Moraes, a estátua é esculpida em gesso, revestida de bronze, pesa 2,5 toneladas. A obra pertence ao município há mais de 20 anos, mas somente no mês passado ela foi trazida pela Agepel da cidade de Piracicaba, interior paulista, para onde a artista havia levado a estátua. A superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Salma Saddi, disse ontem que recebeu a proposta da localização da estátua em homenagem a Pedro Ludovico pela Agepel e após a avaliação dos técnicos, a proposta foi aprovada. “A preocupação do Iphan foi com a localização do monumento, pois encontra-se no entorno de um bem tombado pelo instituto. Depois de um parecer positivo, o processo foi devolvido para a Agepel e em seguida, dado início a obra do pedestal”, diz. Salma Saddi esclarece que o local não foi escolhido pelo Iphan, mas foi analisado e visitado pelo instituto. A superintendente explica ainda que toda e qualquer obra de intervenção nas áreas tombadas ou no entorno são submetidas à análise e parecer do Iphan. “Da mesma forma como deve-se proceder quando a obra é tombada pela Agepel ou pela Prefeitura de Goiânia”, afirma.
O membro da Academia Goiana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, Ubirajara Galli, discorda da localização da estátua e diz que o local apropriado seria, onde hoje funciona a Secretaria Municipal de Finanças, localizada no Setor Central, na Praça Cívica. “Todos teriam a visibilidade da história dele, pois o local é próximo ao Palácio, que ele mesmo construiu e está em frente à praça que leva o nome dele”, afirma. Ele disse ainda que sempre teve a mesma opinião. “Pedro Ludovico merece dignidade existencial, pois é o símbolo mais importante da história de Goiás, politicamente falando.”
Revitalização de museu será inaugurada dia 25
Localizado na Rua Dona Gercina Borges, no Setor Central, o Museu Pedro Ludovico Teixeira foi revitalizado e será inaugurado no próximo dia 25, de acordo com a diretora de Patrimônio Histórico e Artítisco da Agepel, Tânia Mendonça. Nesta data, segundo a diretora, será inaugurado ainda o Museu Ferroviário de Pires do Rio, que também foi revitalizado.
O prédio que abriga o Museu Pedro Ludovico Teixeira, incluindo a pintura e o telhado foram restaurados, assim como obras de exposição permanente que precisavam de restauração. A parte de comunicação do museu também foi revitalizada, ganhando novos painéis informativos e folders a serem distribuídos aos visitantes. Comunicação que, de acordo com a diretora, se baseia em uma pesquisa sobre a vida do fundador de Goiânia e da esposa dele, Gercina Borges, que moraram no local. “Tudo foi mantido como no projeto original de 1978, quando o museu foi criado”, ressalta Tânia Mendonça.
da redação
Promotor de Justiça da 50º Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Umberto Machado recomendou à Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), na tarde de ontem, que o monumento “Resgate à Memória” em homenagem a Pedro Ludovico seja instalado no centro da Praça Cívica de Goiânia, no Setor Central, no prazo de 10 dias úteis. A obra seria inaugurada ontem, na Avenida 85 com a Rua 82, no Setor Central, em frente ao Instituto Histórico de Goiás e ao lado do Palácio das Esmeraldas, mas a solenidade foi cancelada devido ao impasse sobre a localização da estátua.
Autor de uma lei municipal que determina a instalação da estátua em local de destaque na Praça Cívica e da representação junto ao Ministério Público, o vereador Rusembergue Barbosa, que também move ação contra a Agepel no Juizado Especial da Fazenda Pública, diz que espera que o impasse seja resolvido com a determinação do MP.
A família de Pedro Ludovico Teixeira também considera o local inadequado. O neto dele, Pedro Ludovico Neto, diz acreditar que o ideal seria que o Estado cumprisse o projeto inicial de construir um memorial em homenagem aos pioneiros de Goiânia e instalasse a estátua na frente do memorial. “Caso isso não seja possível, a estátua precisa ser instalada, pelo menos, na área central da Praça Cívica”, ressalta.
O cancelamento da inauguração representa ainda uma vitória do DM. O jornal já publicou artigos de colaboradores que se manifestam contrários ao local escolhido para a homenagem, opinão também manifestada em cartas enviadas por leitores. Reportagens relataram o impasse e o adiamento da inauguração aconteceu, inclusive, no mesmo dia da publicação do artigo “Os que a História vai jogar fora”, do jornalista Batista Custódio, editor-geral do DM. No texto, Batista expõe as idas e vindas do monumento e o desrespeito com a memória de Pedro Ludovico.
Decisão
Na decisão, o promotor considera que a Agepel não pode instalar a estátua sem a autorização da família de Pedro Ludovico Teixeira, que a inauguração da obra no local escolhido pela Agepel caracteriza violação ao direito de propriedade material e que o local escolhido para a instalação afronta a legislação. De acordo com o promotor, a recomendação visa “evitar danos à memória histórica do fundador e estadista Pedro Ludovico Teixeira e atender ao interesse público na preservação do patrimônio histórico goiano”.
De acordo com a diretora de patrimônio Histórico e Artístico da Agepel, Tânia Mendonça, o órgão procurou escolher o melhor lugar para instalar a estátua, uma vez que “havia um compromisso da gestão atual de entregar a obra”.
Inicialmente, a Agepel iria instalar a estátua no morro do Serrinha, mas estudos técnicos demostraram que o local era inapropriado. O escritor goiano Bariani Ortêncio, que foi coautor da homenagem a Pedro Ludovico, diz acreditar que a Agepel escolheu o melhor lugar para instalar a estátua. “Tentaram de tudo, os outros locais já tinham monumentos tombados ou esbarravam na burocracia.” Segundo ele, para a escolha do local, a Agepel ainda se preocupou em ter o aval do Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reportagem do DM ligou no celular da presidente da Agepel diversas vezes na tarde de ontem, mas ela não atendeu o telefone.
Obra da artista plástica goiana Neusa Moraes, a estátua é esculpida em gesso, revestida de bronze, pesa 2,5 toneladas. A obra pertence ao município há mais de 20 anos, mas somente no mês passado ela foi trazida pela Agepel da cidade de Piracicaba, interior paulista, para onde a artista havia levado a estátua. A superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Salma Saddi, disse ontem que recebeu a proposta da localização da estátua em homenagem a Pedro Ludovico pela Agepel e após a avaliação dos técnicos, a proposta foi aprovada. “A preocupação do Iphan foi com a localização do monumento, pois encontra-se no entorno de um bem tombado pelo instituto. Depois de um parecer positivo, o processo foi devolvido para a Agepel e em seguida, dado início a obra do pedestal”, diz. Salma Saddi esclarece que o local não foi escolhido pelo Iphan, mas foi analisado e visitado pelo instituto. A superintendente explica ainda que toda e qualquer obra de intervenção nas áreas tombadas ou no entorno são submetidas à análise e parecer do Iphan. “Da mesma forma como deve-se proceder quando a obra é tombada pela Agepel ou pela Prefeitura de Goiânia”, afirma.
O membro da Academia Goiana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, Ubirajara Galli, discorda da localização da estátua e diz que o local apropriado seria, onde hoje funciona a Secretaria Municipal de Finanças, localizada no Setor Central, na Praça Cívica. “Todos teriam a visibilidade da história dele, pois o local é próximo ao Palácio, que ele mesmo construiu e está em frente à praça que leva o nome dele”, afirma. Ele disse ainda que sempre teve a mesma opinião. “Pedro Ludovico merece dignidade existencial, pois é o símbolo mais importante da história de Goiás, politicamente falando.”
Revitalização de museu será inaugurada dia 25
Localizado na Rua Dona Gercina Borges, no Setor Central, o Museu Pedro Ludovico Teixeira foi revitalizado e será inaugurado no próximo dia 25, de acordo com a diretora de Patrimônio Histórico e Artítisco da Agepel, Tânia Mendonça. Nesta data, segundo a diretora, será inaugurado ainda o Museu Ferroviário de Pires do Rio, que também foi revitalizado.
O prédio que abriga o Museu Pedro Ludovico Teixeira, incluindo a pintura e o telhado foram restaurados, assim como obras de exposição permanente que precisavam de restauração. A parte de comunicação do museu também foi revitalizada, ganhando novos painéis informativos e folders a serem distribuídos aos visitantes. Comunicação que, de acordo com a diretora, se baseia em uma pesquisa sobre a vida do fundador de Goiânia e da esposa dele, Gercina Borges, que moraram no local. “Tudo foi mantido como no projeto original de 1978, quando o museu foi criado”, ressalta Tânia Mendonça.
Política e Justiça - MPF pede cancelamento do empréstimo milionário à Celg
Política e Justiça - MPF pede cancelamento do empréstimo milionário à Celg
Procurador Cláudio Drewes sustenta que contrato de R$ 3,7 bilhões não é suficiente para quitar dívidas da empresa e afirma que falta transparência
José Cácio Júnior
DA EDITORIA DE POLÍTICA & JUSTIÇA
O procurador federal Cláudio Drewes, do Núcleo de Tutela Coletiva do Ministério Público Federal (MPF-GO), protocolou liminar na Justiça Federal com o objetivo de cancelar o empréstimo de R$ 3,728 bilhões contratado para saldar as dívidas da Celg, seja liberado. O procurador sustenta na ação que o valor do empréstimo não é suficiente para quitar as dívidas da estatal, próximas à cifra de R$ 7 bilhões.
O caso teve repercussão nacional e foi noticiado no site do jornal Folha de São Paulo e pelo site de notícias UOL. À Folha, Drewes disse que “não sabe” a origem do empréstimo e levanta a dúvida se o montante irá quitar dívidas da empresa que já são reconhecidas e consideradas legais. “Há 70 procedimentos não concluídos no Ministério Público Estadual que investigam contratos da Celg”, disse o procurador à Folha.
À reportagem do jornal paulista, Drewes disse que o Ministério da Fazenda fez “vistas grossas” ao liberar o empréstimo, pois não levou em conta as dívidas que o Estado possui com a União. Um dos requisitos para que os Estados contratem empréstimo com o governo federal é que estejam adimplente com a União.
A questão das dívidas do Estado com o governo federal foi apenas uma das polêmicas levantadas durante a negociação do empréstimo. Funcionários da Celg já afirmaram que com o valor do empréstimo é que a empresa irá pagar as dívidas que possui com empresas do setor elétrico. O presidente da Celg, Carlos Silva, disse em entrevista coletiva em junho, que parte das dívidas da empresa já foram parceladas e estão sendo pagas em dia. Segundo Carlos Silva, o empréstimo seria para quitar as dívidas que a Celg não consegue refinanciar ou pagar integralmente. Cogitou-se que seria pedido a caducidade da concessão da empresa por conta das dívidas com o governo federal.
Segundo a reportagem da Folha, a ação protocolada por Drewes acusa a Celg de usar o empréstimo para se tornar adimplente com o governo federal e poder reajustar o valor da tarifa cobrada do usuário. Por conta das dívidas que possui com o setor elétrico, a Celg não reajusta o preço da tarifa há quatro anos. O procurador também questiona o valor do empréstimo, orçado em quase cinco vezes o valor da estatal.
Além de ter registrado a ação na terça-feira (18), Drewes encaminhou comunicado ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa Econômica Federal (CEF) – banco de onde sairá o dinheiro – aconselhando as duas instituições a não liberarem o valor do empréstimo até que o caso seja resolvido pela Justiça.
O Diário da Manhã entrou em contato com o Drewes, Carlos Silva e a assessoria do governador Alcides Rodrigues (PP), mas eles não atenderam às ligações. O jornal oferece espaço para que todos os envolvidos apresentem sua versão sobre os fatos.
Fonte: Diário da Manhã - 19/11/2010
Procurador Cláudio Drewes sustenta que contrato de R$ 3,7 bilhões não é suficiente para quitar dívidas da empresa e afirma que falta transparência
José Cácio Júnior
DA EDITORIA DE POLÍTICA & JUSTIÇA
O procurador federal Cláudio Drewes, do Núcleo de Tutela Coletiva do Ministério Público Federal (MPF-GO), protocolou liminar na Justiça Federal com o objetivo de cancelar o empréstimo de R$ 3,728 bilhões contratado para saldar as dívidas da Celg, seja liberado. O procurador sustenta na ação que o valor do empréstimo não é suficiente para quitar as dívidas da estatal, próximas à cifra de R$ 7 bilhões.
O caso teve repercussão nacional e foi noticiado no site do jornal Folha de São Paulo e pelo site de notícias UOL. À Folha, Drewes disse que “não sabe” a origem do empréstimo e levanta a dúvida se o montante irá quitar dívidas da empresa que já são reconhecidas e consideradas legais. “Há 70 procedimentos não concluídos no Ministério Público Estadual que investigam contratos da Celg”, disse o procurador à Folha.
À reportagem do jornal paulista, Drewes disse que o Ministério da Fazenda fez “vistas grossas” ao liberar o empréstimo, pois não levou em conta as dívidas que o Estado possui com a União. Um dos requisitos para que os Estados contratem empréstimo com o governo federal é que estejam adimplente com a União.
A questão das dívidas do Estado com o governo federal foi apenas uma das polêmicas levantadas durante a negociação do empréstimo. Funcionários da Celg já afirmaram que com o valor do empréstimo é que a empresa irá pagar as dívidas que possui com empresas do setor elétrico. O presidente da Celg, Carlos Silva, disse em entrevista coletiva em junho, que parte das dívidas da empresa já foram parceladas e estão sendo pagas em dia. Segundo Carlos Silva, o empréstimo seria para quitar as dívidas que a Celg não consegue refinanciar ou pagar integralmente. Cogitou-se que seria pedido a caducidade da concessão da empresa por conta das dívidas com o governo federal.
Segundo a reportagem da Folha, a ação protocolada por Drewes acusa a Celg de usar o empréstimo para se tornar adimplente com o governo federal e poder reajustar o valor da tarifa cobrada do usuário. Por conta das dívidas que possui com o setor elétrico, a Celg não reajusta o preço da tarifa há quatro anos. O procurador também questiona o valor do empréstimo, orçado em quase cinco vezes o valor da estatal.
Além de ter registrado a ação na terça-feira (18), Drewes encaminhou comunicado ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa Econômica Federal (CEF) – banco de onde sairá o dinheiro – aconselhando as duas instituições a não liberarem o valor do empréstimo até que o caso seja resolvido pela Justiça.
O Diário da Manhã entrou em contato com o Drewes, Carlos Silva e a assessoria do governador Alcides Rodrigues (PP), mas eles não atenderam às ligações. O jornal oferece espaço para que todos os envolvidos apresentem sua versão sobre os fatos.
Fonte: Diário da Manhã - 19/11/2010
A Comissão de Infraestrutura do Senado acatou emenda do senador e governador eleito Marconi Perillo (PSDB), que prevê R$ 4 milhões para a construção de trecho rodoviário na divisa de Goiás e Mato Grosso,
A Comissão de Infraestrutura do Senado acatou emenda do senador e governador eleito Marconi Perillo (PSDB), que prevê R$ 4 milhões para a construção de trecho rodoviário na divisa de Goiás e Mato Grosso, no entroncamento da BR 153 na BR 070. A obra permitirá redução do custo do transporte de carga interestadual, desafogando vias onde o tráfego é intenso.
Já a Comissão de Educação aprovou emenda de Marconi que prevê R$ 300 milhões para apoio ao desenvolvimento da educação básica nacional.
O próximo passo será a aprovação pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO, que elabora a previsão de despesas e investimentos para 2011.
Já a Comissão de Educação aprovou emenda de Marconi que prevê R$ 300 milhões para apoio ao desenvolvimento da educação básica nacional.
O próximo passo será a aprovação pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO, que elabora a previsão de despesas e investimentos para 2011.
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