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sábado, 11 de dezembro de 2010

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Empresários procuram Marconi para pedir apoio na Construção de Usina no Rio Araguaia

O senador e governador eleito Marconi Perillo (PSDB) recebeu ontem (terça-feira 7) uma comitiva do consórcio EDP/Grupo Rede, vencedor do leilão para explorar o potencial hidrelétrico Couto Magalhães. No encontro, o grupo pediu o apoio de Marconi para a implantação do projeto, que ainda depende de um estudo do Ibama sobre o impacto ambiental.




O Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Couto Magalhães foi incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, e deverá ser implantado no trecho do Alto Rio Araguaia, a cerca de 90 km da nascente, nos municípios de Alto Araguaia (MT) e Santa Rita do Araguaia (GO). O projeto prevê a construção de uma barragem sobre o rio Araguaia, com 918 metros de extensão, 500 metros acima da Cachoeira Couto de Magalhães e deverá ocupar uma área de 911 hectares na zona rural. A previsão de investimentos é de R$ 500 milhões, com a geração de 800 empregos e produção de 150 megawatts.



Segundo o diretor de Engenharia e Construção Hídrica da EDP, André Castro Pereira, para atender às determinações do Ibama o consórcio desenvolveu uma revisão do projeto, compatibilizando aspectos ambientais e técnicos. “O projeto atual prevê um reservatório cinco vezes menor que o anterior, reduzindo para apenas quatro famílias afetadas e preservando as áreas urbanas de Alto Araguaia e Santa Rita, a ponte sobre o rio Babilônia e as duas pequenas centrais hidrelétricas existentes no rio Araguaia”, informou.



Ao ser convidado para o lançamento da pedra fundamental, em maio de 2011, Marconi disse que pretende “fazer mudanças profundas na área de meio ambiente, com a descontaminação da região”, atingida por graves problemas ambientais.



Além dos representantes do consórcio vencedor, participaram do encontro os prefeitos de Santa Rita e do Alto Araguaia, o deputado Valtemir Pereira (PSB/MT) e vereadores.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Marconi na festa do PMN: "Vamos enfrentar e vencer os desafios"

No mesmo ritmo em que recolhem os ainda poucos dados disponíveis sobre a real situação financeira do Estado, os técnicos da equipe de transição do governador eleito Marconi Perillo trabalham para elaborar um cronograma de ação para os primeiros meses da nova administração que consiga conciliar corte de gastos com investimentos na retomada e conclusão das obras paralisadas ou em andamento.


A condução dessa linha - de acordo com as previsões de Marconi e com base nas primeiras informações fornecidas pelos assessores do grupo de transição - deverá ser feita com muito sacrifício. O Estado, segundo informações preliminares, deverá fechar o balanço de 2010 com um furo de caixa que pode atingir R$ 1 bilhão.

O completo descontrole das finanças públicas no atual governo tem deixado perplexos o governador eleito e seus auxiliares. Segundo Marconi, acreditava-se que o falso déficit de R$ 100 milhões, que o atual governo tentou impor à opinião pública, fosse a mais grave das patuscadas patrocinadas pela administração em fim de mandato. Agora, descobre-se que as reformas, centralizações, cortes de despesas, demissões e austeridade nos gastos públicos não passaram de uma propaganda enganosa que se sustentou até a apuração dos votos do último dia 31 de outubro. "O atual governo dizia que as contas estavam em dia, que entregaria ao seu sucessor um Estado enxuto. Lamentavelmente, o que estamos vendo é algo muito diferente", disse o governador eleito.

O atual governo de Goiás terá muito que explicar à opinião pública. O déficit de quase R$ 1 bilhão contradiz o discurso feito pelo governador Alcides Rodrigues em abril deste ano, segundo o qual as contas do governo estavam equilibradas e que iriam faltar dias no calendário para que a administração tivesse tempo de inaugurar as obras em andamento. Diante do atual quadro há duas hipóteses: ou o governador não disse a verdade sobre o equilíbrio das finanças públicas ou gerou esse gigantesco déficit a partir de abril e até os dias de hoje.

Colocado à frente da dura realidade de que terá que trabalhar praticamente um ano de seu futuro governo apenas para retomar, dar sequência e inaugurar obras lançadas na atual administração, tendo de administrar aumento da folha salarial e incentivos fiscais concedidos no apagar das luzes da atual administração, Marconi tem questionado o paradeiro da arrecadação “sempre crescente” anunciada com estardalhaço por este governo. "Se há uma escassez enorme de obras no que se deduz que não houve investimento, então para onde está indo o dinheiro arrecadado pelo Estado?", pergunta.

Nos últimos dois dias o novo governador de Goiás tem feito questão de abordar o assunto nos eventos de que tem participado. Na inauguração de uma clínica em Itaberaí manifestou, sexta-feira, sua preocupação ao dizer que "as primeiras informações nos dão conta de que iremos pegar um governo em situação ainda pior do que o que nos foi entregue em 1999". No mesmo dia, ao receber o título de cidadão em Heitoraí reafirmou que "o quadro é sombrio e preocupante" mas que estava pronto para "substituir a moleza pelo trabalho".

Na festa de confraternização do PMN, ontem (sábado 4), em uma chácara nos arredores de Goiânia, Marconi declarou a mais de duas mil pessoas estar ciente de que terá dificuldades diante dos números que começaram a surgir sobre o rombo nos cofres públicos. "Vamos receber o governo numa situação muito difícil, mas vamos enfrentar os desafios e vamos vencê-los", afirmou, confiante.

As informações ruins que chegam todos os dias sobre o descompasso das finanças do Estado acabaram por criar no futuro governo uma frente para espreitar bem de perto o desenrolar do imbróglio estabelecido pelo Ministério Público Federal em relação à liberação dos primeiros recursos decorrentes do empréstimo bilionário fechado pelo Estado com o Governo Federal para, supostamente, salvar a Celg.

O governador eleito já levantou dúvidas quanto às reais intenções do governo do Estado com esse dinheiro, chegando mesmo a arriscar um palpite sobre sua destinação: pagar empreiteiras e resolver problemas imediatos do governo do Estado. A propalada versão oficial de que os recursos provenientes do empréstimo serviriam para saldar a divida de ICMS que a Celg tem com o Estado, fator preponderante para que o governo não feche o balanço do ano com mais de R$ 700 milhões de déficit, não tem encontrado respaldo nas análises da equipe de transição de Marconi.

Em recente entrevista à Rádio 820, o governador eleito declarou que o provável déficit de quase R$ 1 bilhão se refere apenas a um rombo na administração direta. Se o governo alega que o dinheiro da Caixa Econômica Federal é imprescindível para evitar o déficit, então mostra que as contas nunca estiveram em dia, ao contrário, sempre estiveram na dependência de recursos extras para não fechar no vermelho.

A obscuridade do contrato entre o Governo do Estado e o Governo Federal para "salvar a Celg" deixa no ar a impressão de que os bilhões esperados poderão ser canalizados para destinos não tão nobres, a exemplo do ocorrido com os recursos arrecadados na venda da Usina de Cachoeira Dourada. "Temos, sim, uma grande preocupação sobre o que o governo quer fazer com este dinheiro. Não há transparência nessa transação", declarou Marconi.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Marconi diz: “Sei que vou enfrentar um governo difícil. Pelas primeiras informações, vou pegar um governo pior do que aquele que peguei quando fui eleito pela primeira vez”, declarou.

Ao participar ontem (sexta-feira 3) à noite em Itaberaí da solenidade de inauguração da clínica Viver Espaço Saúde, o governador eleito Marconi Perillo reafirmou o compromisso com o município e a região de duplicar a rodovia que liga Goiânia à Cidade de Goiás. A GO-080 cruza o perímetro urbano de Itaberaí e é hoje uma das rodovias mais movimentadas da malha viária estadual, rota obrigatória para a histórica Cidade de Goiás e para as principais praias do Rio Araguaia.


No rápido discurso em que enalteceu a qualidade arquitetônica e técnica da clinica, que prestará serviços nos campos de odontologia e medicina, Marconi recordou algumas de suas principais ações em benefício de Itaberaí como governador, deputado federal e senador. Foi em seus governos que houve a ligação asfáltica entre Itaberaí, Americano do Brasil e Calcilândia.

Por intermédio de emenda apresentada ao orçamento da União em conjunto com deputados federais, Marconi também colaborou para a pavimentação de Itaberaí e Itaguari e agora, como senador, ajuda no término da ligação de Itaguari à BR-153 também através de emenda ao Orçamento da União.

Mais uma vez o novo governador de Goiás falou de sua disposição em “tirar Goiás do atraso em que se encontra”. O próximo governante do Estado disse que pretende “recuperar o tempo que se perdeu nos últimos cinco anos” apesar de ter consciência de que enfrentará problemas de toda ordem para recolocar a casa em ordem.

“Sei que vou enfrentar um governo difícil. Pelas primeiras informações, vou pegar um governo pior do que aquele que peguei quando fui eleito pela primeira vez”, declarou.

Em Heitoraí, onde esteve em seguida, em frente à nova Câmara Municipal que inaugurou na noite de ontem, o governador eleito Marconi Perillo recebeu o titulo de cidadão.. A homenagem foi compartilhada com os deputados Nédio Leite, Jovair Arantes e, também, pelo empresário José Garrote, da Superfrango.

A Marconi o título foi entregue pela autora da propositura, vereadora Elza Evangelista da Costa Cruz (Rosinha), do PR. É a primeira homenagem que o governador eleito recebe após as eleições. "Fico emocionado e grato pelo carinho e reconhecimento do povo de Heitorai ao trabalho que temos realizado em favor do povo goiano ao longo da nossa vida pública", agradeceu.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Marconi diz em entrevista "Governo atual nunca teve interesse em resolver o problema da Celg"

Entrevista


Marconi Perillo





"Governo atual nunca teve interesse em resolver o problema da Celg"

á por tom o Ministério Público para viabilizar a utilização do Centro Cultural Oscar Niemeyer visando a realização, naquele local, de um show musical e de uma exposição de obras do artista plástico Siron Franco, o senador e governador eleirto de Goiás Marconi Perillo acompanha de perto o trabalho que vem sendo realizado pela equipe de transição comandada pelo vice-governador eleito, José Eliton, com atenção especial para a crise da Celg.

Marconi mantém o discurso que defende desde a campanha e que coloca em dúvida os reais objetivos do governo ao contratar empréstimo junto à Caixa Econômica Federal , supostamente para "salvar a empresa da federalização", como alega a atual administração do Estado. Ontem (sexta-feira 3), em entrevista aos jornalistas Cassim Zaiden e Divino Olávio no Jornal 820 da Rádio Jornal de Goiás, o senador voltou a questionar a operação. "Eu nunca tive dúvidas, e hoje tenho menos ainda, de que o governo atual nunca teve interesse em resolver o problema da Celg. O interesse dele é resolver problema de caixa para pagar empreiteiras e outras finalidades."

Na avaliação de Marconi, "o atual governo jamais se preocupou com a Celg. Essa transação é obscura. Ninguém, nem o governador eleito nem uma pessoa do povo, nenhum jornalista tem informação sobre o teor do empréstimo. Como podemos aceitar que o Estado de Goiás arque com um ônus desse tamanho sem saber o que está por trás disso? É chegada a hora de dar um basta à irresponsabilidade e, principalmente, ao descompromisso em relação a Goiás. O nosso governo vai colocar um fim a esse estado de coisas. A grande preocupação de quem está no governo é o patrimonialismo e não os interesses maiores da coletividade."

Quanto à futura equipe de governo, Marconi disse ser preciso conciliar ética, honestidade e integridade com iniciativa, capacidade de gestão e competência. "Minha maior preocupação nesse momento é encontrar quadros que possam me ajudar a tocar o governo nas áreas de gestão e planejamento, Fazenda, educação, saúde, segurança e meio ambiente entre outras. É encontrar gestor que possa me ajudar a resolver o problema da Celg e viabilizar investimentos em outras áreas, principalmente na infraestrutura", salientou.

Marconi falou também do compromisso que tem com um governo que vise unica e exclusivamente os interesses maiores do povo. "Em hipótese alguma eu vou misturar interesse partidário, político, pessoal ou financeiro com o interesse de Estado. Aqueles que imaginarem que vão ocupar cargos no governo para roubar, para atender aos interesses político-partidários ou pessoais em detrimento do povo, vão cair do cavalo. Eu não titubearei. Qualquer deslize de qualquer pessoa que venha a ocupar funções no governo significará demissão imediata."

Sobre a Reforma Administrativa que pretende implantar logo nos primeiros dias da nova gestão, o senador disse que ela visará refazer o que foi desfeito. "Nós fizemos uma Reforma Administrativa profunda no início de 2000. Infelizmente ela foi deteriorada. Precisamos agora recompor as coisas. Vamos implantar planos de metas e busca de resultados, valorizando os servidores através da meritocracia."

Marconi afirmou também que em seu governo haverá enxugamento de despesas: "O importante é que a máquina tenha condições de funcionar e bem. Estamos fazendo sérios estudos para que tenhamos uma reforma nos moldes daquelas existentes em estados muito adiantados na questão da gestão. Temos o próprio modelo e a experiência nossa implantada em 2000."

Na entrevista o governador eleito Marconi Perillo reafirmou sua disposição de enxugar, racionalizar e cortar todo tipo de desperdício. E fez um alerta: "O prenúncio do que vamos receber é muito sombrio. (Estou informado que) há a possibilidade de termos um furo no caixa do governo, só na administração direta, de mais de R$ 1 bilhão. Isso é muito sério para um governo que propalou aos quatro cantos que só gastava o que podia pagar. Eu recebi um governo em condições precárias em 99 e, graças a Deus, consegui honrar todos os compromissos, colocar a casa em ordem e fazer talvez o mais dinâmico governo da história de Goiás. Vamos fazer a mesma coisa. Vamos enfrentar os desafios dos primeiros meses e depois colher os frutos de um governo planejado e eficiente."

Depois de afirmar ser provável que a Assembléia Legislativa seja convocada nos primeiros dias de janeiro para a aprovação da Reforma Administrativa e de projetos importantes para o Estado, Marconi manifestou sua preocupação com os incentivos que foram concedidos pela atual administração no apagar das luzes do atual governo. "Neste final de mandato o governo tem procurado fazer uma grande farra de beneficios e favores à iniciativa privada. Nós vamos estudar todos esses casos para que de forma justa e correta possamos atender a partir de janeiro esses pleitos. O que é inaceitável é que o governo, que podia ter feito tudo isso ao longo dos cinco anos, resolva fazer agora".

Marconi reafirmou ainda que pretende colocar para funcionar o que existe para só depois iniciar novos projetos. Ele citou obras inacabadas como o Centro de Excelência Esportiva, pavimentação do viaduto do Madre Germana, Centro Cultural Oscar Niemayer dentre outras. "E assim vamos fazer na saúde, na educação e segurança pública. Estamos identificando os problemas e esperamos que em seis meses tenhamos uma série de questões resolvidas".

Sobre o modelo de gestão do futuro governo, Marconi garantiu que ele se dará de forma descentralizada. "Quem governa o Estado é o governador. Eu não vou abrir mão da minha responsabilidade e da minha competência para ninguém. O que ocorreu aqui é que o governador transferiu o governo para o secretário da Fazenda. Cada secretário terá suas funções, suas metas e objetivos a serem cumpridos e terá, acima de tudo, autonomia para cumprir sua função de acordo com o nosso plano de governo."

Ao falar dos concursos públicos realizados pela atual administração neste último ano de governo, Marconi disse que eles serão todos examinados. "Os concursos foram realizados sem que nos editais se estabelecesse o número de pessoas que seriam recrutadas. Precisamos estudar e convocar os concursados de acordo com as necessidades do Estado. Eu nem sei se vai ser preciso. O governo atual contratou nesses últimos dias mais de seis mil concursados. Espero que isso tenha sido feito de forma criteriosa."

Quanto à manutenção e até incremento dos programas sociais, o senador declarou que haverá um choque de gestão nesta área. E lamentou: "Nossos programas sociais foram destruídos pelo atual governo. A Bolsa Universitária praticamente acabou. O Banco do Povo está em frangalhos. Destruiram o programa do Salário Escola. O Renda Cidadã foi completamente retalhado. O que nós vamos fazer é retomá-los para que as familias possam, sobretudo, ter condições de colocar seus filhos na escola."

Marconi falou ainda do horário e local para a posse e transmissão de cargo. "A posse depende de um acerto da minha equipe de transição com a Assembléia Legislativa. Ela não depende do governo do Estado. A única questão que precisa ser resolvida é a transmissão de cargo, que é algo desnecessário do ponto de vista legal. Isso é apenas uma formalidade que eu pretendo que seja cumprida. Eu já designei uma comissão para preparar a posse, que é presidida pelo ex-secretário Carlos Peixoto."

No encerramento da entrevista, Marconi informou que esteve reunido por mais de duas horas com o governador eleito de Brasília, Agnelo Queiroz, com quem tratou de assuntos administrativos e de projetos importantes para Goiás e para o Distrito Federal, principalmente para o Entorno. "Estabelecemos uma relação que será muito produtiva daqui pra frente. Nesta relação inclui-se também a participação do governo federal", disse.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

01/12/2010 - Economia- Pirataria no Centro-Oeste cai, mas ainda está acima da média

Os consumidores dos Estados do Norte e do Centro-Oeste compraram menos produtos piratas este ano do que em 2009, mas ainda continuam acima da média nacional, indica pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados nestas regiões declararam ter adquirido mercadoria falsificada em 2010, contra 63% no ano passado. Em todo o Brasil, a realidade atinge cerca de 70 milhões de pessoas, elevando o porcentual de 42% para 46%.

Na contramão do quadro regional, de queda na compra de pirataria, estão os CDs, que são os campeões de comercialização entre os falsificados. Entre as pessoas que afirmaram ter adquirido o produto, o índice cresceu três pontos porcentuais - de 82% para 85% - do ano passado para cá.

Os DVDs piratas ocupam a vice- liderança da falsificação, com 54% dos entrevistados (62% em 2009), seguidos de longe pelos programas de computador (4%), calças, bolsas e tênis (2%), equipamentos eletrônicos (2%) e celular (2%).

Um dos motivos que podem ter contribuído para a redução do porcentual total de consumidores de produtos piratas em Goiás foi o crescimento da apreensão no Estado. O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), Edemundo Dias de Oliveira Filho, diz que o volume de material falsificado apreendido de janeiro a novembro deste ano é 30% maior que o mesmo período de 2009.

Mais de 200 mil CDs e 300 mil DVDs foram apreendidos até agora. No Estado, entretanto, pelo menos outros quatro produtos têm comércio pirata forte: alimentos (350 toneladas apreendidas), cosméticos (76 toneladas), medicamentos (48 toneladas) e peças para veículos, que somam mais de 570 mil peças resgatadas pela polícia. "Além do problema para as indústrias, há também um prejuízo enorme para a economia do País, porque esse dinheiro não entra para a Educação, Saúde", destaca Edemundo.

O aumento do rendimento e a consequente elevação do consumo das classes de renda mais baixa nos últimos cinco anos impulsionou as compras de produtos piratas. Ma a pesquisa da Fecomércio-RJ mostra que a prática atinge também as classes de poder aquisitivo mais elevado.

Consumidor sabe que prática é prejudicial

Pela checagem feita na pesquisa, a maior parte dos consumidores tem a percepção do prejuízo. No Centro-Oeste/Norte, 74% disseram acreditar que a pirataria prejudica o faturamento do comércio; 71% acham que alimenta o crime organizado; 72%, que aumenta a sonegação de impostos; e 68%, que causa desemprego.

Para o jovem Alexandre Visnieski, 19, a pirataria causa prejuízos para as empresas que trabalham com o original e influencia na arrecadação tributária. Mas não esconde que é um consumidor assíduo de produtos falsificados. Enquanto comprava um DVD pirata numa banquinha em frente ao Camelódromo de Campinas ontem à tarde, ele contou que gasta cerca de R$ 150,00 por mês de seu salário como garçon em lançamentos de filmes, álbuns musicais e jogos.

Sua lembrança da primeira vez em que adquiriu uma falsificação foi de um tênis da Nike, há pouco mais de um ano, quando se mudou do interior do Paraná para Goiânia. "Se fosse comprar tudo isso original, eu não conseguiria", justifica.

Os preços mais em conta são a justificativa de 90% dos que consomem produtos piratas, conforme a pesquisa da Fecomércio-RJ. O gerente administrativo Edson Corrêa, 37, é incisivo quando fala do problema e ressalta que, mesmo quando o falsificado é adquirido dentro de um centro de compras como um camelódromo, onde diversos impostos também são embutidos no preço para o consumidor, é possível adquirir mercadorias muito mais baratas.

Entretanto, ele diz que não compra produtos pirateados, mas, sim, peças que adquire do Paraguai. "Não consumo imitação de marca, mas compro produtos de marcas do Paraguai e com preço bem menor. Recentemente, paguei R$ 900,00 num GPS que aqui custaria R$ 3 mil", conta.

O titular da Decon diz que será necessário haver criatividade por parte dos detentores das marcas e patentes para entrar na concorrência com os avanços tecnológicos que permitem piratear com mais rapidez. "O que move as pessoas a comprar produtos falsificados é o preço mais baixo. Mas do ponto de vista ético, isso não justifica o crime", frisa Edemundo, que completa: "Aumentamos o número de apreensões, mas, só a repressão da polícia não adianta. É necessário um processo educacional."(LB)



Projeto em escola tenta conscientizar

Camila Blumenschein

Com o tema Diga não à Pirataria, foi realizado ontem, no Castro’s Park Hotel, o evento de encerramento das atividades do projeto Escola Legal deste ano. O projeto é realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) e, segundo o coordenador regional, Leonardo Massuda, é um programa de exercício da cidadania.

Cerca de 3 mil alunos de 12 escolas públicas e quatro colégios particulares de Goiânia participaram do projeto, que levou os estudantes a realizarem trabalhos sobre o tema.

"O intuito do Escola Legal é conscientizar as crianças sobre os males causados pela pirataria e torná-las multiplicadoras do conhecimento", explicou Massuda. O programa é realizado em todo Brasil há quatro anos e em Goiás está na terceira edição. O coordenador nacional no projeto, Fábio Junqueira, destacou que Goiânia é a regional brasileira que tem desempenhado o melhor trabalho com o programa até agora.

A secretária estadual de Educação, Milca Severino, enfatizou, durante o evento, que pactuou assinaturas para garantir a continuidade do projeto para o próximo governo. "Esse projeto é muito importante para a formação dos nossos alunos e também porque as crianças acabam passando para os pais os conceitos aprendidos", disse.

Participam do programa crianças de 7 a 14 anos. Trabalhos como cartazes, projetos e maquetes feitos pelos estudantes estavam expostos no evento e várias turmas de alunos realizaram apresentações teatrais sobre pirataria no encerramento. Os estudantes da 3ª série do Colégio Estadual Professor Vandy de Castro Carneiro, Matheus da Cruz, de 8 anos, e Vitor Daniel de Lima, de 9, estavam empolgados com o que aprenderam sobre pirataria.

"Aprendi que quando compramos produtos piratas ajudamos o crime", disse Matheus. Vitor revelou que sempre comprava DVDs piratas e uma feirinha, mas que agora não fará mais isso.

Contaminação por HIV avança entre os jovens

01/12/2010 - Cidades- Contaminação por HIV avança entre os jovens






Quase três décadas após o início da epidemia de aids no Brasil, as autoridades de Saúde têm pela frente um grande desafio: reduzir a infecção pelo vírus HIV em adolescentes e jovens brasileiros. Essa população, na faixa dos 15 aos 24 anos, é alvo da campanha que será desencadeada hoje pelo Ministério da Saúde, quando se celebra o Dia Mundial de Luta Contra à Aids. Em Goiânia, o número de casos da doença nessa faixa etária chegou a 554 entre 1984 e 2009, sendo o grupo com a segunda maior taxa de incidência de aids na capital. São 28,3 casos a cada 100 mil habitantes nessa idade.

A análise da série histórica de casos da doença no Brasil, em Goiás e em Goiânia mostra que é na faixa etária dos 20 aos 34 anos que se concentra a maior taxa de incidência de aids. Em Goiânia, ela é de 30,8 casos por 100 mil habitantes. No entanto, alerta a coordenadora de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Laura Branquinho do Nascimento, considerando que os dados se referem aos casos de aids, ou seja, a síndrome já estabelecida, e que o tempo entre a infecção pelo HIV e o surgimento da doença pode chegar aos dez anos, conclui-se que a contaminação pelo vírus ocorre ainda na adolescência ou nos adultos jovens.

"O jovem não encara como risco o sexo desprotegido e abandona o uso do preservativo. Assim como em outras situações na vida, como no trânsito e no consumo de álcool e drogas, por exemplo, o adolescente jovem se expõe porque se acha imune, tornando-se, no entanto, extremamente vulnerável à contaminação pelo HIV", ressalta Laura Branquinho.

A coordenadora cita a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos, realizada pelo Ministério da Saúde em 2008, segundo a qual apenas 68% dos jovens usam preservativos em relações casuais, o que demonstra uma condição de exposição à contaminação pelo vírus da doença considerável.

Para o médico infectologista e diretor do Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia (HDT), Boaventura Braz de Queiroz, frear o surgimento de novos casos de infecção pelo vírus HIV na população adolescente jovem tornou-se o grande desafio das autoridades brasileiras. "Informação sobre a necessidade de se usar preservativo em todas as relações sexuais, todo mundo tem, inclusive o jovem. No entanto, ter informação não foi o suficiente, até agora, para que essas pessoas mudassem esse comportamento de risco", afirma o médico. "Nas últimas décadas, a faixa etária com maior prevalência da doença não se alterou, o que mostra que essas pessoas continuam a se infectar nas primeiras relações sexuais."

Comportamento de risco é comum

Estudo em andamento no Núcleo de Ações Interdisciplinares em DST, HIV e Aids (Nuclaids) da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN-UFG) comprova, por um lado, o comportamento de risco adotado por jovens adolescentes em relação ao sexo, e, por outro, a falta de preparo das escolas e dos professores para lidar com o tema. A pesquisa, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação da FEN e denominada Diagnóstico Situacional sobre a Formação de Professores no Contexto da Educação Sexual em Colégios Públicos da Região Leste de Goiânia, ouviu 2,3 mil alunos do ensino fundamental e médio e 60 professores em seis escolas públicas da cidade.

Segundo a pesquisadora do Nuclaids, professora-adjunta da FEN-UFG e orientadora do estudo, Márcia Maria de Souza, a análise preliminar dos dados revelam que quase 60% deles admitiram manter relacionamento afetivo com outra pessoa. Boa parte dos alunos entrevistados, quando questionados sobre o uso de preservativo nas relações sexuais, optou por omitir-se em responder à questão. Isso, na avaliação da pesquisadora, pode indicar o não-uso da camisinha.

Dos alunos entrevistados, apenas 24% responderam usar o preservativo na primeira relação. Os jovens entrevistados disseram, em sua maioria, que faria sexo desprotegido com namorados ou namoradas fixas.

Gravidez

Um dado surgido das entrevistas realizadas com os professores comprova o comportamento de risco adotado pelos adolescentes em relação ao sexo. De acordo com o estudo, 92% dos professores das escolas públicas estaduais entrevistados responderam ter tido adolescentes grávidas na sala de aula. O índice cai para 71,4% entre os professores das escolas públicas municipais, possivelmente em razão de as unidades da Prefeitura oferecerem apenas até o 9º ano. "São porcentuais extremamente elevados e que demonstram a falta de conscientização desses jovens com a prevenção", assinala Márcia Maria.

O que o levantamento também deixa claro, até agora, é que as escolas não estão preparadas para trabalhar a educação sexual conforme preconizado pelo Ministério da Educação. Falta material didático apropriado e a formação técnica dos professores deixa muito a desejar. Os recursos disponíveis para as aulas são obsoletos e o tema é discutido basicamente na disciplina de biologia, o que limita enormemente a discussão.

O fato preocupa, sobretudo, porque também, segundo o estudo, a imensa maioria dos estudantes (68%) ouviu falar de sexo primeiramente na escola. "Isso mostra que a escola é um lugar onde a formação tem que ocorrer de forma consistente", salienta a pesquisadora da UFG.

Para médicos, doença já não assusta tanto como no início da epidemia

O médico Boaventura Braz de Queiroz considera que dois fatores estão intimamente relacionados com o comportamento arriscado do jovem quando o assunto é sexo. O primeiro deles, cita, é a dependência da droga e do álcool, o que, ressalta, altera qualquer percepção de risco e compromete a disciplina no uso do preservativo. O outro, de acordo com o médico, tem a ver com um aspecto positivo em relação à epidemia, que é o controle da doença e o aumento da sobrevida dos pacientes que vivem com aids por meio do uso do coquetel antirretroviral. "A aids, infelizmente, já não assusta tanto. É vista como algo banal, o que ela não é, em hipótese nenhuma", sustenta o infectologista.

"A doença foi sendo banalizada ao longo dos anos. É um engano. São inúmeros os comprometimentos para a saúde do paciente de aids. Por mais que a pessoa se trate, nunca terá um organismo normal. Portanto, não há razão para esse tipo de atitude do jovem", sustenta, também, a infectologista Heloína Claret de Castro.

Segundo a médica, ela tem recebido com muito mais frequência, tanto no consultório quanto no HDT, pacientes jovens, com idades entre 18 e 22 anos, homossexuais, que assumem um comportamento sexual arriscado e se contaminam com o vírus da doença. "São pessoas que têm um nível cultural elevado, ou seja, têm informação sobre formas de contágio, mas que mantêm relações sexuais com vários parceiros sem o uso do preservativo", relata.

Contribui para o surgimento de novos casos de contaminação pelo HIV em adolescentes jovens, analisa o diretor do HDT, o fato de as meninas, nessa faixa etária, relacionarem-se, comumente, com homens mais velhos. "É comum o homem, nessas situações, impor o sexo desprotegido como condição para manter o relacionamento e as adolescentes acabam se submetendo ao risco. Por isso, na faixa dos 13 aos 19 anos, as meninas são muito mais infectadas que os homens", alerta. Para o infectologista, somente uma ação conjunta que reúna esforços da Saúde e da Educação pode interferir nesse cenário.

Coordenadora estadual de DST/Aids e gerente de Ações Integradas em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde em Goiás, Marisa de Souza e Silva destaca que o Estado tem buscado parcerias com a Secretaria de Educação para desenvolver ações de capacitação de professores para trabalhar o tema da sexualidade. "O enfoque da campanha nacional no jovem não é aleatória e responde ao avanço de casos de contaminação pelo HIV em idades menos avançada. Por isso, as autoridades de saúde se voltaram para os dados epidemiológicos nessa faixa etária para desenvolver ações que resultem em redução das taxas de incidência da doença."(D.A)

Estudo revela grupos mais vulneráveis

Outra pesquisa em andamento no Programa de Mestrado da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, denominada Observatório de Mulheres Vivendo com HIV/Aids em Goiás, reforça o processo de feminização da epidemia no Estado, conforme demonstram os dados epidemiológicos da doença. O estudo é realizado sob a orientação da professora Sandra Maria Brunini de Souza, coordenadora da Rede Goiana de Pesquisa em Agravos Transmissíveis com Ênfase em seus Aspectos Epidemiológicos, Preventivos e Diagnósticos e do Núcleo de Ações Interdisciplinares em DST, HIV e Aids da FEN-UFG.

De acordo com a pesquisadora, foram incluídos no estudo indivíduos com diagnóstico de infecção pelo HIV no período de 2003 a 2008, com idade acima de 13 anos. Foram analisados ao todo 4.101 prontuários. Desses, 2.630 foram incluídos no estudo, sendo seguidos por seis anos. Segundo Sandra Brunini, busca-se, com esse levantamento, produzir uma curva de incidência da doença mais próxima da realidade, buscando inclusive identificar o grau de subnotificação da aids no Estado.

Os resultados preliminares indicaram que surgem aproximadamente 400 novos casos por ano de infecção pelo vírus HIV nas unidades de referência de Goiânia; feminização da doença e tendência de pauperização da epidemia no Estado com aumento da incidência entre indivíduos com baixa renda e escolaridade.

Goiás teve 10 mil casos desde início da epidemia

Desde a primeira notificação de aids em Goiás, em 1984, o Estado já registrou 9.814 casos da doença em adultos maiores de 13 anos. Em Goiânia são 4.375 casos acumulados desde então (veja quadro acima).

Nos últimos cinco anos, a aids se mantém num patamar de cerca de 600 novos casos por ano. Em Goiás, a taxa média de incidência da doença é de 8,2 casos para 100 mil habitantes. Já em Goiânia chega a 24,9 casos por 100 mil habitantes.

Homens

Do total de indivíduos notificados com aids em Goiás, 67% são homens. Apesar de a quantidade de casos entre pessoas do sexo masculino ser bem superior, as infecções pelo HIV entre as mulheres foram os que mais contribuíram para o avanço da epidemia no Estado.

Em 1988, para cada 11 casos notificados de aids entre homens, havia 1 entre as mulheres. A proporção chegou a 1,5 novo caso entre os homens para 1 entre as mulheres, em 2006. Este ano, até agora, há 2 casos notificados em homens para 1 em mulheres. Isso significa que, nos últimos dois anos, houve uma melhora nos indicadores entre a população feminina.

Percebe-se, pelos dados epidemiológicos de Goiás, um processo de interiorização da epidemia de aids nos últimos anos, com crescimento no número de casos em municípios com menos de 50 mil habitantes. Nos últimos anos da década de 1980, 65% dos casos notificados em Goiás concentrava-se na capital. Hoje, o porcentual de casos na Capital reduziu para 35%, enquanto o do interior aumentou de 34,9% para 65%. "Nos municípios menores, as pessoas ainda têm muito receio de buscar o diagnóstico. Há, infelizmente, medo do preconceito do estigma", ressalta a coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatities Virais da Gerência de Ações Integradas de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Marisa de Souza e Silva.

Autoridades preparam mobilizações hoje

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia realiza hoje, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, ações de prevenção voltadas para a população adolescente e jovem. A mobilização acontece no Parque Vaca Brava, das 17 às 19h30 horas. O slogan da campanha é "Não dê as costas para a Aids. Livre-se do preconceito e previna-se contra o HIV". O objetivo da campanha desse ano é dar maior visibilidade às questões relacionadas à aids e mostrar sua proximidade com o universo juvenil.

Já a Secretaria Estadual de Saúde fará abertura da campanha desse ano em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, também tendo em vista o foco do jovem como alvo de mobilização na luta contra a doença.

O evento acontece no Colégio Estadual José Carlos de Almeida, unidade que integra o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas. Serão distribuídos material educativo e preservativos nas ações desenvolvidas nesse dia em Goiânia e no interior do Estado.

01/12/2010 - Política- Emenda tenta destravar Niemeyer (MP)

Vereadores aliados ao governador eleito Marconi Perillo (PSDB) apresentaram ontem, na Câmara de Goiânia, proposta de prorrogação do prazo para que prédios públicos regularizem seus projetos arquitetônicos, estrutural, hidráulico e elétrico às exigências da legislação municipal.

A proposta da emenda aditiva ao Código de Obras, apresentada pelos vereadores tucanos Anselmo Pereira e Geovani Antônio, e por Santana Gomes (PMDB), visa possibilitar a adequação do Centro Cultural Oscar Niemeyer, permitindo sua reabertura.

Marconi tinha a intenção de fazer a festa de sua posse no CCON, mas o Ministério Público Estadual vetou a reabertura do espaço pela ausência de licença ambiental, alvará de construção, alvará do Corpo de Bombeiros e certidão de uso do solo. Além disso, segundo perícia do MP, a obra carece de adaptações, como do sistema de drenagem.

A proposta dos vereadores é de prorrogar o prazo para adequação até 31 de dezembro de 2011. A data limite determinada pelo Plano Diretor era até 31 de julho de 2008. "Essa emenda visa principalmente possibilitar ao próximo governo resolver as pendências do CCON, obra importante para Goiânia e que tem de estar acima das divergências políticas", afirma o vereador Geovani Antônio.

O tucano alega que a alteração também atende outros prédios públicos que estão em situação irregular. A emenda foi incluída em um projeto de lei complementar que já tramita na Câmara, o que possibilita uma votação mais ágil.

Se for aprovada a alteração, o governador eleito teria como questionar a proibição do MP de realizar a festa da posse no CCON, já que o prazo para regularizar a obra não estaria mais vencido

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Entrevista na Rádio Mill/ Marconi Perillo “Não vou deixar nenhum nome do primeiro escalão para o ano que vem “

Marconi Perillo


“Não vou deixar nenhum nome do primeiro escalão para o ano que vem “

O governador eleito Marconi Perillo disse ontem (terça-feira 30) durante entrevista aos jornalistas Jerônimo Rodrigues e Ivan Mendonça no programa Falando Francamente, da Rádio Mil FM, que não irá iniciar sua gestão sem que todos os auxiliares do primeiro escalão estejam escolhidos. “Acho que uma característica de um governo eficiente é dar conta de pelo menos montar a sua equipe em tempo hábil”, declarou. O prefeito de Luziânia Célio Silveira, que coordenou a campanha de Marconi na região do Entorno do Distrito Federal é até agora o primeiro nome sondado para fazer parte do novo governo. Convidado para ocupar a Secretaria de Governo, o prefeito da quarta maior cidade do Estado pediu tempo para responder se aceita.

Na entrevista o novo governador de Goiás falou da decisão judicial que trava a liberação imediata de recursos para a Celg via Caixa Econômica Federal em decorrência de irregularidades no contrato assinado entre o governo do Estado e a instituição financeira. “Decisão não se discute, cumpre-se”, respondeu.

Marconi também abordou os entraves que surgiram nos últimos dias para que possa utilizar o Centro Cultural Oscar Niemeyer para a realização de uma exposição de artes do artista plástico Siron Franco e a festa da posse. Disse ainda que já convidou o engenheiro civil Lamartine Junior para auxiliá-lo nas obras do Centro de Excelência Esportiva e falou da sua disposição em dialogar com a oposição.



Pergunta – O senhor tem um prazo estabelecido para apresentar sua renúncia no Senado?

Marconi – Eu devo tomar essa decisão a partir do dia 15, até porque logo depois nós estaremos entrando em recesso e eu terei cumprido os meus compromissos como senador. Eu considero o saldo desse trabalho que realizamos muito positivo. Graças a Deus pude apresentar projetos importantes para o Brasil. Relatei igualmente projetos de grande relevância. Ao todo são mais de 70 projetos de Lei apresentados, vários aprovados na Câmara e no Senado, alguns já sancionados pelo presidente da república, além de ter relatado mais de 500 projetos e requerimentos de muita importância para o Brasil. Presidi a Comissão de Infraestrutura e sou atualmente primeiro vice-presidente do Senado. São espaços importantes ocupados por Goiás no Senado. Consegui também trazer mais de R$3 bilhões de recursos para Goiás, através de emendas com a participação da nossa bancada federal. Isso faz que eu tenha a sensação do dever cumprido como senador por Goiás.



Pergunta: O que a eleição deste ano mostrou como novidade no campo político?

Marconi – Essa eleição trouxe muitas novidades. Primeiro a presença forte da Internet. As redes sociais trouxeram um novo significado ao processo eleitoral. E na minha opinião, a próxima eleição municipal já significará um avanço ainda maior das redes sociais. Em 2014 eu acredito que a Internet vai dominar por completo o debate nas eleições. Uma característica dessa eleição foi praticamente o fim dos comícios. Para governador, por exemplo, nós praticamente não tivemos comícios. E os poucos comícios que foram realizados pelos muitos candidatos que se apresentaram se transformaram em verdadeiros fiascos. Os comícios praticamente deixaram de existir em Goiás. Eu mesmo fiz comícios, assim mesmo poucos, na região Norte. Todos sabem que do ponto de vista político, talvez a novidade tenha sido a presença muito forte em Goiás do pre sidente da república. Eu enfrentei uma eleição muito difícil contra tudo e contra todos. A máquina do Governo Federal jogou muito pesado aqui em Goiás. O presidente da república e a sua candidata contra; enfrentamos o governador do Estado, que foi eleito há quatro anos com nosso apoio e que nos abandonou ao longo do caminho e as três maiores prefeituras. Enfim uma grande máquina foi montada para nos derrotar. Felizmente, com a Graça de Deus e o apoio do povo conseguimos enfrentar esses desafios e vencemos. E agora estamos com o espírito desarmado, propondo a união de todos os goianos, superando as divergências antigas e preocupados apenas com o bem estar do povo goiano, a melhoria da vida das pessoas. Todos os esforços serão feitos no sentido de garantir a unidade dos goianos para que Goiás tenha um novo salto de desenvolvimento e de prosperidade.



Pergunta – Como está se dando o processo de montagem do seu novo governo?

Marconi – A base maior do nosso governo será a meritocracia. Eu vou escolher secretários com base não só em critérios técnicos e políticos, mas também que sejam ficha limpa. Terá que ser também preparado, qualificado para ocupar determinada função. Terá ainda de ser da nossa confiança. Acima de tudo, porém, terá ter condições de desempenhar bem o nosso plano de governo e as estratégias de gestão que serão implementadas a partir de 1 de janeiro. Em vista disso, eu não tenho tido muita pressa. O mais difícil já passou, que foi a eleição. Nós vencemos a eleição com muita dificuldade, como já disse. Mas conseguimos uma frente até razoável, 6%, quase 1,6 milhão de votos no 2 turno. Para a montagem do governo eu já estou trabalhando. Não paro de pensar um minuto sequer nos melhores nomes de homens e mulheres que possam de fato se desdobrar nos próximos anos para a construção do melhor governo para a vida dos goianos. Nós temos algumas limitações para montar uma equipe de altíssimo nível, composta por pessoas que possam desempenhar com desenvoltura, tranqüilidade e muita competência as funções de governo. A primeira delas é a questão da remuneração. Um executivo qualificado recebe na iniciativa privada até quatro vezes mais do que ganharia no governo do Estado. A gente tem pessoas talentosas que gostariam de vir para o governo, mas ficam impedidas em função dos salários. Essa, portanto, é uma questão que dificulta. Mas eu já estou, com habilidade e educação, começando a conversar com as pessoas e os partidos em busca de nomes qualificados para o governo.



Pergunta – Célio Silveira, prefeito de Luziânia que coordenou a campanha do senhor no Entorno do Distrito Federal é o primeiro nome?

Marconi – O prefeito Célio Silveira é emblemático, pela lealdade e pela competência como prefeito. Luziânia é quarto maior município em população de Goiás. Da nossa base é o maior município. O Célio Silveira foi um dos esteios da nossa vitória. Desde a pré-campanha o prefeito Célio está ao meu lado, articulando a nossa campanha. Além disso, ele representa uma região que conta hoje com 1 milhão de habitantes e cerca de 500 mil eleitores. É uma região que vai ser levada na mais alta consideração pelo governo. Ele (Célio Silveira) é uma pessoa hábil, competente. É claro que ele ainda não me deu a resposta definitiva. Eu espero que ele aceite. Ele vai ter que convencer a população de Luziânia que está muito satisfeita com a sua administração. A maior prova disso foi a nossa votação lá, em que pese o candidato à vice do Iris ser de Luziânia. Lá eu obtive 67% dos votos fundamentalmente em função do prestigio e da liderança do Célio Silveira.



Pergunta – O convite é para que o prefeito Célio assuma a Secretaria de Governo. Sua função será política ou administrativa?

Marconi – Será responsável pela articulação política com os partidos, com os prefeitos, com os deputados. O Célio tem muita habilidade, tem competência e é muito respeitado na minha base.



Pergunta – O senhor pretende anunciar os nomes da área econômica antes dos nomes políticos?

Marconi – Isso vai depender muita das articulações que farei. Eu fiz questão de convidar e anunciar inicialmente o nome do Célio porque ele é emblemático, é da minha mais estreita confiança. Ele está realizando uma administração de fôlego em Luziânia. Ele deve ter programado para o próximo ano mais de R$ 50 milhões em obras. Portanto, ele terá de refletir muito se vem para o governo. De qualquer maneira ele é uma pessoa que tem o meu respeito e terá tempo para decidir.



Pergunta – Qual o prazo para que o senhor anuncie todos os nomes do novo governo?

Marconi – Eu acredito que até o dia 30 de dezembro nós teremos concluído a composição da equipe. Eu não quero deixar nenhum nome do primeiro escalão para o ano que vem. Acho que uma característica de um governo eficiente é dar conta de pelo menos montar a sua equipe em tempo hábil. E eu não gostaria de começar o próximo ano sem ter toda a equipe completa, até porque se isso não acontecer nós vamos ter prejuízo no ponto de vista de gestão.



Pergunta – Vamos ter uma reforma Aadministrativa em seu governo?

Marconi – Teremos. Eu ainda não tenho o formato dela. Nós vamos minimizar o tamanho da máquina e maximizar os serviços que serão prestados. A Reforma Administrativa realizada no atual governo foi muito equivocada. Nós vamos ter que recolocar muitas coisas em seus devidos lugares, além de dar uma enxugada na administração para que sobre mais dinheiro para que possamos cumprir os nossos compromissos.



Pergunta – O senhor pretende convocar a Assembléia Legislativa neste próximo mês de janeiro para aprovar a Reforma?

Marconi – Isso ainda não está decidido, mas é provável. Vai depender da necessidade. Se realmente chegarmos à conclusão de que a Reforma Administrativa precisa de ser aprovada já no início do próximo governo, nós vamos convocar a Assembléia.



Pergunta – O senhor foi informado sobre esse plano “Goiás 2030” (base para a construção e execução dos próximos Planos Plurianuais -PPAs - e orçamentos estaduais) elaborado pelo atual governo? É possível aproveitar alguma coisa dele?

Marconi – Eu não tenho informação sobre esse plano.



Pergunta – A justiça bloqueou o pagamento da primeira parcela do empréstimo da Celg. Qual a opinião do senhor em relação a essa decisão?

Marconi – Decisão judicial não se discute, se cumpre. Toda essa discussão envolvendo a Celg nos últimos anos e agora mais recentemente sobre esse empréstimo ficou envolta em muito mistério. Um dos princípios basilares da administração pública é a transparência, a publicidade de suas ações. Ninguém sabe o teor e nem os termos desses contratos, se são bons ou ruins, se são lesivos ao patrimônio público. O que parece é que o governo quer botar a mão nesse dinheiro para resolver suas questões mais prementes já que está terminando o seu mandato. Nós queremos um programa de ajuste que resolva o problema da Celg de forma definitiva. Infelizmente o governador eleito não conhece uma linha sequer desse contrato de empréstimo da Caixa Econômica Federal para a Celg. E se isso for ruim, se for nocivo para os goianos? Nós vamos buscar u ma solução para a Celg conversando com os funcionários, dialogando com a sociedade e dando transparência a todos os atos. Se a gente conseguir essas informações até o dia 31 de dezembro, ótimo. Se isso não acontecer, a partir do dia 1 de janeiro nós estaremos comandando o Estado e teremos todas as informações necessárias. E todas as informações, sobre todos os órgãos, todas as secretarias serão apresentadas aos goianos. Nós não podemos mais ter um governo que omite informações com o único objetivo de desconstruir governos anteriores. Não podemos permitir mais que a dissimulação e a mentira prevaleçam no Estado. A partir de 1 de janeiro nós teremos um governo da velocidade, do trabalho, da mudança de comportamento, o governo da celeridade e, acima de tudo, o governo da verdade.



Pergunta – Além desse empréstimo de R$ 3,7 bilhões para sanear as finanças da Celg, tem também o empréstimo/ponte de R$ 770 milhões. É praticamente uma nova Cachoeira Dourada no fim do governo. Esse empréstimo/ponte também é preocupante?

Marconi – Sem dúvida alguma, até porque não se trata de um empréstimo/ ponte. Isso ai seria um desconto de recebíveis. Ninguém sabe a que tamanho de juros esses recursos seriam antecipados. Ninguém sabe qual é o spread (diferença entre os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas e as taxas pagas pelos bancos aos investidores que colocam seu dinheiro em aplicações do banco) que o governo pagaria a instituições bancárias privadas para receber antecipadamente esse valor. Eu considero esse um verdadeiro crime contra os goianos e Goiás. É importante destacar que o processo de privatização da Usina de Cachoeira Dourada custou muito caro para as pessoas que o fizeram. E o valor era semelhante. Nós não estamos falando de R$ 700,00 e sim de quase R$ 1 bilhão. Esse dinheiro não é do atual governo e nem meu. Ele é do povo goiano e precisa ser muito bem aplicado.



Pergunta – O secretário da Fazenda, Célio Campos declarou que caso a Celg não consiga esse empréstimo/ponte, as contas do governo do Estado poderão fechar no vermelho.

Marconi – Não deve ser verdade. Esse governo apregoou o tempo todo que não autorizava um centavo de gastos se não tivesse o valor correspondente para o seu imediato pagamento. Foi esse governo que alardeou um déficit de R$ 100 milhões e que concluiria o seu mandato sem dever um tostão a nenhum fornecedor, aos empreiteiros e à folha de pagamento. Eu espero que a palavra seja cumprida, afinal de contas passou (o atual governo) o tempo todo tentando desconstruir a minha imagem em função do malfadado e mentiroso déficit de R$ 100 milhões. Essa conversa está mal contada. Eu espero que isso (que o secretário Célio disse) não ocorra. Se isso acontecer estará claro para os goianos que esse governo, além da inércia e da incompetência de não ter realizado praticamente obra alguma, ainda é perdulário, que deixa para o seu sucessor uma enorm e dívida apesar de não ter feito nenhuma obra.



Pergunta – Quantos deputados estaduais e federais o senhor pretende chamar para a sua equipe?

Marconi – Esse é um assunto que eu ainda vou decidir com muito critério e muita atenção aos nossos companheiros, nossos parlamentares e aos nossos suplentes. Nós vamos decidir isso de acordo com a capacidade dos atuais parlamentares. E desejo fazer isso (convocar parlamentares para o governo) porque eles são muito qualificados. Nossa bancada tem um destaque enorme hoje no Congresso Nacional. Para trazer um deputado federal para cá é uma grande dificuldade, até porque todos eles têm espaços importantes no Congresso.



Pergunta: Como o senhor pretende encaminhar a questão da renovação da concessão do Eixo Anhanguera?

Marconi – Nessa semana possivelmente alguns membros da minha equipe técnica de transição deverão procurar o prefeito Paulo Garcia e iniciar as primeiras conversações no sentido de manter a concessão do Eixo Anhanguera sob a responsabilidade do governo. Afinal de contas, o Estado banca, através de subsídio, a passagem do Eixo Anhanguera e precisará investir muito, principalmente na aquisição de novos ônibus e na melhoria do corredor.



Pergunta – O senhor já teve algum contato com a presidente eleita Dilma Roussef e com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia?

Marconi – Nós nos desencontramos no dia da eleição. É claro que eu vou procurá-la no momento oportuno. Os governadores do PSDB vão se reunir com ela e eu tenho certeza que teremos uma ótima relação institucional, de alto nível com ela. Afinal de contas é isso que os brasileiros esperam dela e os goianos esperam de mim. Em relação ao prefeito Paulo Garcia eu já conversei com ele, um dia após a eleição. Me coloquei à disposição para celebrar as parcerias que forem necessárias para Goiânia. Acho que nós poderemos ter ações complementares em várias áreas aqui na capital e eu estou disposto a isso.



Pergunta – Depois da eleição o senhor teve algum contato com o ex-prefeito e seu adversário na disputa ao governo, Íris Rezende?

Marconi – Também desencontramos. Eu liguei para ele logo depois das eleições e ele depois me retornou, mas acabamos não conseguindo nos comunicar. É claro que no dia do aniversário dele eu vou procurar fazer um contato, vou parabenizá-lo. Nós fizemos uma campanha respeitosa. É claro que os militantes mais apaixonados de lado a lado às vezes trocam farpas. Eu acho que em relação ao que fizeram comigo a campanha foi relativamente de baixo nível, apesar de eu ter procurado mantê-la em alto nível. Nos debates eu fui respeitoso em relação aos adversários e de certa forma também no 2 turno a campanha do Íris foi respeitosa, pelo menos na televisão, em relação a minha pessoa. Somos pessoas que temos uma biografia a ser preservada. O Íris prestou seus serviços ao Estado no tempo dele. Prestei e vou continuar a prestar os meus serviço s a Goiás e não vejo problema algum em ter uma relação respeitosa e cordial em relação a ele. Afinal de contas, em política não se pode transformar adversários em inimigos.



Pergunta – O senhor manifestou o desejo de realizar a festa de posse no Centro Cultural Oscar Niemayer. No entanto alguns órgãos públicos estaduais e municipais disseram que o local não tem condições de receber nenhuma atividade sem antes ser reformado. Como o senhor pretende administrar essa questão?

Marconi – Houve um equívoco a relação a essa questão do veto. A promotora manifestou preocupações em relação à utilização imediata do Centro Cultural mas sequer assinou o termo de ajustamento de conduta. Eu até acho que o mais correto seria a assinatura (do termo) pelo próximo governo. Afinal de contas daqui a 30 dias nós teremos um outro governo em Goiás. Por outro lado o Centro Cultural está pronto e o meu desejo ao propor a festa da posse naquele espaço é o de mostrar aos goianos que o que aconteceu nesses últimos anos foi um verdadeiro crime em relação ao dinheiro público. Deixaram fechado um monumento à cultura durante cinco anos por capricho político. Hoje por exemplo o editorial do jornal “O Popular” trata disso de forma muito criteriosa e responsável. Nós vamos abrir o Centro Cultural. Eu espero que nesse ajustame nto de conduta possamos já ter a oportunidade de abri-lo pelo menos parcialmente a partir de 1 de janeiro. Eu vou insistir nessa tese porque ele está pronto. E vou definir um cronograma para que todas as obrigações em relação a licenças e compra de equipamentos sejam cumpridas num curto espaço de tempo. Eu vou propor à minha equipe que, caso seja possível esse ajustamento de conduta peçamos no máximo quatro meses para que todas as licenças e todas as obras de equipamentos estejam prontas. Eu convidei o artista plástico Siron Franco, que é o mais renomado de Goiás e um dos maiores do Brasil para fazer sua exposição de pinturas e esculturas a partir do dia 2 de janeiro no Centro Cultural. Ele aceitou na hora. O Museu de Artes Contemporâneas já está pronto, em condições de abrigar essa exposição e eu espero que pelo menos ele (Museu) seja liberado a partir de 2 de janeiro. No caso da festa eu não vejo problema algum até porque a esplanada e o estacion amento estão prontos. Na verdade o que eu quero é, simbolicamente, devolver o Centro Cultural ao povo. Foram investidos ali milhões de reais e ele precisa ter o desfrute da população goiana.



Pergunta – E qual será a atitude do senhor em relação ao Centro Olímpico?

Marconi – Eu convidei o dr. Lamartine (engenheiro civil Lamartine Reginaldo da Silva Junior), que foi o responsável pela construção do Estádio Serra Dourada e do Autódromo Internacional de Goiânia no governo de Leonino Caiado para ser, a partir de 1 de janeiro, o gerente responsável pelas obras do Centro de Excelência. Isso significa que ele a partir de agora já começa a trabalhar para, inclusive, buscar soluções para os problemas burocráticos que existem atualmente. De Israel (onde o governador eleito passou alguns dias em férias) fiz um telefone a ele e o convidei par que pudesse colaborar comigo nessa missão de transformar o antigo Estádio Olímpico num cartão de visitas para os goianos e em uma das principais praças esportivas da América do Sul.



Pergunta – O que o senhor gostaria de dizer ao povo goiano hoje depois de ter vencido essa eleição que o senhor mesmo diz ter sido a mais difícil que já disputou?

Marconi – Nesse processo eleitoral eu fui muito abençoado por Deus. Eu devo essa eleição a Deus e aos goianos. A eleição mais difícil da minha vida. Não me faltaram as bênçãos de Deus e nem o apoio do povo. Já no final da campanha eu tomei a decisão de visitar Jerusalém caso me elegesse governador para agradecer a benção da vitória e pedir sabedoria para fazer um grande governo. Eu confesso que foi uma das viagens mais emocionantes da minha vida. Ir a Jerusalém, visitar a Via Dolorosa ( rua na cidade velha de Jerusálem por onde Jesus carregou a cruz), chegar ao Gólgota (lugar onde cristo foi crucificado), ir ao Santo Sepulcro (lolcal onde Jesus foi crucificado, sepultado e onde ressucitou), ir ao Monte das Oliveiras (onde Jesus descansou e foi preso), ir ao Mar da Galiléia (onde Jesus incumbiu Pedro de construir a Igreja) ao rio Jo rdão (onde Jesus foi batizado), ir a Cafarnaum (onde Jesus fez os primeiros milagres na casa da sogra de Pedro), conhecer o local onde Jesus fez o sermão da Montanha, ir a Nazaré e visitar a casa onde Jesus morou, o local onde ele trabalhou com São José, isso tudo foi fonte de muita inspiração. E o que eu desejo aos goianos é que Ele (Cristo) esteja presente na vida de todos nesse Natal e em todos os dias dos próximos anos. Que as famílias recebam as bênçãos de Deus para que elas tenham condições de superar as suas dificuldades, de vencer os desafios e continuar lutando para a busca da verdadeira felicidade. Deixo aqui a certeza de que iremos realizar um governo que vai marcar definitivamente a nossa história. Eu estou muito animado e não vou desperdiçar essa chance de ser o primeiro governador eleito três vezes de forma democrática para comandar o nosso Estado.



Pergunta – No encerramento da entrevista eu quero registrar o abraço que o ouvinte Fábio pede para lhe ser retransmitido. O senhor tem uma mensagem especial para o funcionalismo público?





Marconi – Os funcionários públicos serão os meus colegas a partir de 1 de janeiro. Eles são permanentes, enquanto o governador é temporário. Eu vou aproveitar o máximo essa oportunidade para mais uma vez reconhecer o trabalho, os méritos e a colaboração importante dos funcionários na prestação de serviços ao povo.