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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

01/12/2010 - Economia- Pirataria no Centro-Oeste cai, mas ainda está acima da média

Os consumidores dos Estados do Norte e do Centro-Oeste compraram menos produtos piratas este ano do que em 2009, mas ainda continuam acima da média nacional, indica pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados nestas regiões declararam ter adquirido mercadoria falsificada em 2010, contra 63% no ano passado. Em todo o Brasil, a realidade atinge cerca de 70 milhões de pessoas, elevando o porcentual de 42% para 46%.

Na contramão do quadro regional, de queda na compra de pirataria, estão os CDs, que são os campeões de comercialização entre os falsificados. Entre as pessoas que afirmaram ter adquirido o produto, o índice cresceu três pontos porcentuais - de 82% para 85% - do ano passado para cá.

Os DVDs piratas ocupam a vice- liderança da falsificação, com 54% dos entrevistados (62% em 2009), seguidos de longe pelos programas de computador (4%), calças, bolsas e tênis (2%), equipamentos eletrônicos (2%) e celular (2%).

Um dos motivos que podem ter contribuído para a redução do porcentual total de consumidores de produtos piratas em Goiás foi o crescimento da apreensão no Estado. O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), Edemundo Dias de Oliveira Filho, diz que o volume de material falsificado apreendido de janeiro a novembro deste ano é 30% maior que o mesmo período de 2009.

Mais de 200 mil CDs e 300 mil DVDs foram apreendidos até agora. No Estado, entretanto, pelo menos outros quatro produtos têm comércio pirata forte: alimentos (350 toneladas apreendidas), cosméticos (76 toneladas), medicamentos (48 toneladas) e peças para veículos, que somam mais de 570 mil peças resgatadas pela polícia. "Além do problema para as indústrias, há também um prejuízo enorme para a economia do País, porque esse dinheiro não entra para a Educação, Saúde", destaca Edemundo.

O aumento do rendimento e a consequente elevação do consumo das classes de renda mais baixa nos últimos cinco anos impulsionou as compras de produtos piratas. Ma a pesquisa da Fecomércio-RJ mostra que a prática atinge também as classes de poder aquisitivo mais elevado.

Consumidor sabe que prática é prejudicial

Pela checagem feita na pesquisa, a maior parte dos consumidores tem a percepção do prejuízo. No Centro-Oeste/Norte, 74% disseram acreditar que a pirataria prejudica o faturamento do comércio; 71% acham que alimenta o crime organizado; 72%, que aumenta a sonegação de impostos; e 68%, que causa desemprego.

Para o jovem Alexandre Visnieski, 19, a pirataria causa prejuízos para as empresas que trabalham com o original e influencia na arrecadação tributária. Mas não esconde que é um consumidor assíduo de produtos falsificados. Enquanto comprava um DVD pirata numa banquinha em frente ao Camelódromo de Campinas ontem à tarde, ele contou que gasta cerca de R$ 150,00 por mês de seu salário como garçon em lançamentos de filmes, álbuns musicais e jogos.

Sua lembrança da primeira vez em que adquiriu uma falsificação foi de um tênis da Nike, há pouco mais de um ano, quando se mudou do interior do Paraná para Goiânia. "Se fosse comprar tudo isso original, eu não conseguiria", justifica.

Os preços mais em conta são a justificativa de 90% dos que consomem produtos piratas, conforme a pesquisa da Fecomércio-RJ. O gerente administrativo Edson Corrêa, 37, é incisivo quando fala do problema e ressalta que, mesmo quando o falsificado é adquirido dentro de um centro de compras como um camelódromo, onde diversos impostos também são embutidos no preço para o consumidor, é possível adquirir mercadorias muito mais baratas.

Entretanto, ele diz que não compra produtos pirateados, mas, sim, peças que adquire do Paraguai. "Não consumo imitação de marca, mas compro produtos de marcas do Paraguai e com preço bem menor. Recentemente, paguei R$ 900,00 num GPS que aqui custaria R$ 3 mil", conta.

O titular da Decon diz que será necessário haver criatividade por parte dos detentores das marcas e patentes para entrar na concorrência com os avanços tecnológicos que permitem piratear com mais rapidez. "O que move as pessoas a comprar produtos falsificados é o preço mais baixo. Mas do ponto de vista ético, isso não justifica o crime", frisa Edemundo, que completa: "Aumentamos o número de apreensões, mas, só a repressão da polícia não adianta. É necessário um processo educacional."(LB)



Projeto em escola tenta conscientizar

Camila Blumenschein

Com o tema Diga não à Pirataria, foi realizado ontem, no Castro’s Park Hotel, o evento de encerramento das atividades do projeto Escola Legal deste ano. O projeto é realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) e, segundo o coordenador regional, Leonardo Massuda, é um programa de exercício da cidadania.

Cerca de 3 mil alunos de 12 escolas públicas e quatro colégios particulares de Goiânia participaram do projeto, que levou os estudantes a realizarem trabalhos sobre o tema.

"O intuito do Escola Legal é conscientizar as crianças sobre os males causados pela pirataria e torná-las multiplicadoras do conhecimento", explicou Massuda. O programa é realizado em todo Brasil há quatro anos e em Goiás está na terceira edição. O coordenador nacional no projeto, Fábio Junqueira, destacou que Goiânia é a regional brasileira que tem desempenhado o melhor trabalho com o programa até agora.

A secretária estadual de Educação, Milca Severino, enfatizou, durante o evento, que pactuou assinaturas para garantir a continuidade do projeto para o próximo governo. "Esse projeto é muito importante para a formação dos nossos alunos e também porque as crianças acabam passando para os pais os conceitos aprendidos", disse.

Participam do programa crianças de 7 a 14 anos. Trabalhos como cartazes, projetos e maquetes feitos pelos estudantes estavam expostos no evento e várias turmas de alunos realizaram apresentações teatrais sobre pirataria no encerramento. Os estudantes da 3ª série do Colégio Estadual Professor Vandy de Castro Carneiro, Matheus da Cruz, de 8 anos, e Vitor Daniel de Lima, de 9, estavam empolgados com o que aprenderam sobre pirataria.

"Aprendi que quando compramos produtos piratas ajudamos o crime", disse Matheus. Vitor revelou que sempre comprava DVDs piratas e uma feirinha, mas que agora não fará mais isso.

Contaminação por HIV avança entre os jovens

01/12/2010 - Cidades- Contaminação por HIV avança entre os jovens






Quase três décadas após o início da epidemia de aids no Brasil, as autoridades de Saúde têm pela frente um grande desafio: reduzir a infecção pelo vírus HIV em adolescentes e jovens brasileiros. Essa população, na faixa dos 15 aos 24 anos, é alvo da campanha que será desencadeada hoje pelo Ministério da Saúde, quando se celebra o Dia Mundial de Luta Contra à Aids. Em Goiânia, o número de casos da doença nessa faixa etária chegou a 554 entre 1984 e 2009, sendo o grupo com a segunda maior taxa de incidência de aids na capital. São 28,3 casos a cada 100 mil habitantes nessa idade.

A análise da série histórica de casos da doença no Brasil, em Goiás e em Goiânia mostra que é na faixa etária dos 20 aos 34 anos que se concentra a maior taxa de incidência de aids. Em Goiânia, ela é de 30,8 casos por 100 mil habitantes. No entanto, alerta a coordenadora de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Laura Branquinho do Nascimento, considerando que os dados se referem aos casos de aids, ou seja, a síndrome já estabelecida, e que o tempo entre a infecção pelo HIV e o surgimento da doença pode chegar aos dez anos, conclui-se que a contaminação pelo vírus ocorre ainda na adolescência ou nos adultos jovens.

"O jovem não encara como risco o sexo desprotegido e abandona o uso do preservativo. Assim como em outras situações na vida, como no trânsito e no consumo de álcool e drogas, por exemplo, o adolescente jovem se expõe porque se acha imune, tornando-se, no entanto, extremamente vulnerável à contaminação pelo HIV", ressalta Laura Branquinho.

A coordenadora cita a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos, realizada pelo Ministério da Saúde em 2008, segundo a qual apenas 68% dos jovens usam preservativos em relações casuais, o que demonstra uma condição de exposição à contaminação pelo vírus da doença considerável.

Para o médico infectologista e diretor do Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia (HDT), Boaventura Braz de Queiroz, frear o surgimento de novos casos de infecção pelo vírus HIV na população adolescente jovem tornou-se o grande desafio das autoridades brasileiras. "Informação sobre a necessidade de se usar preservativo em todas as relações sexuais, todo mundo tem, inclusive o jovem. No entanto, ter informação não foi o suficiente, até agora, para que essas pessoas mudassem esse comportamento de risco", afirma o médico. "Nas últimas décadas, a faixa etária com maior prevalência da doença não se alterou, o que mostra que essas pessoas continuam a se infectar nas primeiras relações sexuais."

Comportamento de risco é comum

Estudo em andamento no Núcleo de Ações Interdisciplinares em DST, HIV e Aids (Nuclaids) da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN-UFG) comprova, por um lado, o comportamento de risco adotado por jovens adolescentes em relação ao sexo, e, por outro, a falta de preparo das escolas e dos professores para lidar com o tema. A pesquisa, desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação da FEN e denominada Diagnóstico Situacional sobre a Formação de Professores no Contexto da Educação Sexual em Colégios Públicos da Região Leste de Goiânia, ouviu 2,3 mil alunos do ensino fundamental e médio e 60 professores em seis escolas públicas da cidade.

Segundo a pesquisadora do Nuclaids, professora-adjunta da FEN-UFG e orientadora do estudo, Márcia Maria de Souza, a análise preliminar dos dados revelam que quase 60% deles admitiram manter relacionamento afetivo com outra pessoa. Boa parte dos alunos entrevistados, quando questionados sobre o uso de preservativo nas relações sexuais, optou por omitir-se em responder à questão. Isso, na avaliação da pesquisadora, pode indicar o não-uso da camisinha.

Dos alunos entrevistados, apenas 24% responderam usar o preservativo na primeira relação. Os jovens entrevistados disseram, em sua maioria, que faria sexo desprotegido com namorados ou namoradas fixas.

Gravidez

Um dado surgido das entrevistas realizadas com os professores comprova o comportamento de risco adotado pelos adolescentes em relação ao sexo. De acordo com o estudo, 92% dos professores das escolas públicas estaduais entrevistados responderam ter tido adolescentes grávidas na sala de aula. O índice cai para 71,4% entre os professores das escolas públicas municipais, possivelmente em razão de as unidades da Prefeitura oferecerem apenas até o 9º ano. "São porcentuais extremamente elevados e que demonstram a falta de conscientização desses jovens com a prevenção", assinala Márcia Maria.

O que o levantamento também deixa claro, até agora, é que as escolas não estão preparadas para trabalhar a educação sexual conforme preconizado pelo Ministério da Educação. Falta material didático apropriado e a formação técnica dos professores deixa muito a desejar. Os recursos disponíveis para as aulas são obsoletos e o tema é discutido basicamente na disciplina de biologia, o que limita enormemente a discussão.

O fato preocupa, sobretudo, porque também, segundo o estudo, a imensa maioria dos estudantes (68%) ouviu falar de sexo primeiramente na escola. "Isso mostra que a escola é um lugar onde a formação tem que ocorrer de forma consistente", salienta a pesquisadora da UFG.

Para médicos, doença já não assusta tanto como no início da epidemia

O médico Boaventura Braz de Queiroz considera que dois fatores estão intimamente relacionados com o comportamento arriscado do jovem quando o assunto é sexo. O primeiro deles, cita, é a dependência da droga e do álcool, o que, ressalta, altera qualquer percepção de risco e compromete a disciplina no uso do preservativo. O outro, de acordo com o médico, tem a ver com um aspecto positivo em relação à epidemia, que é o controle da doença e o aumento da sobrevida dos pacientes que vivem com aids por meio do uso do coquetel antirretroviral. "A aids, infelizmente, já não assusta tanto. É vista como algo banal, o que ela não é, em hipótese nenhuma", sustenta o infectologista.

"A doença foi sendo banalizada ao longo dos anos. É um engano. São inúmeros os comprometimentos para a saúde do paciente de aids. Por mais que a pessoa se trate, nunca terá um organismo normal. Portanto, não há razão para esse tipo de atitude do jovem", sustenta, também, a infectologista Heloína Claret de Castro.

Segundo a médica, ela tem recebido com muito mais frequência, tanto no consultório quanto no HDT, pacientes jovens, com idades entre 18 e 22 anos, homossexuais, que assumem um comportamento sexual arriscado e se contaminam com o vírus da doença. "São pessoas que têm um nível cultural elevado, ou seja, têm informação sobre formas de contágio, mas que mantêm relações sexuais com vários parceiros sem o uso do preservativo", relata.

Contribui para o surgimento de novos casos de contaminação pelo HIV em adolescentes jovens, analisa o diretor do HDT, o fato de as meninas, nessa faixa etária, relacionarem-se, comumente, com homens mais velhos. "É comum o homem, nessas situações, impor o sexo desprotegido como condição para manter o relacionamento e as adolescentes acabam se submetendo ao risco. Por isso, na faixa dos 13 aos 19 anos, as meninas são muito mais infectadas que os homens", alerta. Para o infectologista, somente uma ação conjunta que reúna esforços da Saúde e da Educação pode interferir nesse cenário.

Coordenadora estadual de DST/Aids e gerente de Ações Integradas em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde em Goiás, Marisa de Souza e Silva destaca que o Estado tem buscado parcerias com a Secretaria de Educação para desenvolver ações de capacitação de professores para trabalhar o tema da sexualidade. "O enfoque da campanha nacional no jovem não é aleatória e responde ao avanço de casos de contaminação pelo HIV em idades menos avançada. Por isso, as autoridades de saúde se voltaram para os dados epidemiológicos nessa faixa etária para desenvolver ações que resultem em redução das taxas de incidência da doença."(D.A)

Estudo revela grupos mais vulneráveis

Outra pesquisa em andamento no Programa de Mestrado da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, denominada Observatório de Mulheres Vivendo com HIV/Aids em Goiás, reforça o processo de feminização da epidemia no Estado, conforme demonstram os dados epidemiológicos da doença. O estudo é realizado sob a orientação da professora Sandra Maria Brunini de Souza, coordenadora da Rede Goiana de Pesquisa em Agravos Transmissíveis com Ênfase em seus Aspectos Epidemiológicos, Preventivos e Diagnósticos e do Núcleo de Ações Interdisciplinares em DST, HIV e Aids da FEN-UFG.

De acordo com a pesquisadora, foram incluídos no estudo indivíduos com diagnóstico de infecção pelo HIV no período de 2003 a 2008, com idade acima de 13 anos. Foram analisados ao todo 4.101 prontuários. Desses, 2.630 foram incluídos no estudo, sendo seguidos por seis anos. Segundo Sandra Brunini, busca-se, com esse levantamento, produzir uma curva de incidência da doença mais próxima da realidade, buscando inclusive identificar o grau de subnotificação da aids no Estado.

Os resultados preliminares indicaram que surgem aproximadamente 400 novos casos por ano de infecção pelo vírus HIV nas unidades de referência de Goiânia; feminização da doença e tendência de pauperização da epidemia no Estado com aumento da incidência entre indivíduos com baixa renda e escolaridade.

Goiás teve 10 mil casos desde início da epidemia

Desde a primeira notificação de aids em Goiás, em 1984, o Estado já registrou 9.814 casos da doença em adultos maiores de 13 anos. Em Goiânia são 4.375 casos acumulados desde então (veja quadro acima).

Nos últimos cinco anos, a aids se mantém num patamar de cerca de 600 novos casos por ano. Em Goiás, a taxa média de incidência da doença é de 8,2 casos para 100 mil habitantes. Já em Goiânia chega a 24,9 casos por 100 mil habitantes.

Homens

Do total de indivíduos notificados com aids em Goiás, 67% são homens. Apesar de a quantidade de casos entre pessoas do sexo masculino ser bem superior, as infecções pelo HIV entre as mulheres foram os que mais contribuíram para o avanço da epidemia no Estado.

Em 1988, para cada 11 casos notificados de aids entre homens, havia 1 entre as mulheres. A proporção chegou a 1,5 novo caso entre os homens para 1 entre as mulheres, em 2006. Este ano, até agora, há 2 casos notificados em homens para 1 em mulheres. Isso significa que, nos últimos dois anos, houve uma melhora nos indicadores entre a população feminina.

Percebe-se, pelos dados epidemiológicos de Goiás, um processo de interiorização da epidemia de aids nos últimos anos, com crescimento no número de casos em municípios com menos de 50 mil habitantes. Nos últimos anos da década de 1980, 65% dos casos notificados em Goiás concentrava-se na capital. Hoje, o porcentual de casos na Capital reduziu para 35%, enquanto o do interior aumentou de 34,9% para 65%. "Nos municípios menores, as pessoas ainda têm muito receio de buscar o diagnóstico. Há, infelizmente, medo do preconceito do estigma", ressalta a coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatities Virais da Gerência de Ações Integradas de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Marisa de Souza e Silva.

Autoridades preparam mobilizações hoje

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia realiza hoje, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, ações de prevenção voltadas para a população adolescente e jovem. A mobilização acontece no Parque Vaca Brava, das 17 às 19h30 horas. O slogan da campanha é "Não dê as costas para a Aids. Livre-se do preconceito e previna-se contra o HIV". O objetivo da campanha desse ano é dar maior visibilidade às questões relacionadas à aids e mostrar sua proximidade com o universo juvenil.

Já a Secretaria Estadual de Saúde fará abertura da campanha desse ano em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, também tendo em vista o foco do jovem como alvo de mobilização na luta contra a doença.

O evento acontece no Colégio Estadual José Carlos de Almeida, unidade que integra o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas. Serão distribuídos material educativo e preservativos nas ações desenvolvidas nesse dia em Goiânia e no interior do Estado.

01/12/2010 - Política- Emenda tenta destravar Niemeyer (MP)

Vereadores aliados ao governador eleito Marconi Perillo (PSDB) apresentaram ontem, na Câmara de Goiânia, proposta de prorrogação do prazo para que prédios públicos regularizem seus projetos arquitetônicos, estrutural, hidráulico e elétrico às exigências da legislação municipal.

A proposta da emenda aditiva ao Código de Obras, apresentada pelos vereadores tucanos Anselmo Pereira e Geovani Antônio, e por Santana Gomes (PMDB), visa possibilitar a adequação do Centro Cultural Oscar Niemeyer, permitindo sua reabertura.

Marconi tinha a intenção de fazer a festa de sua posse no CCON, mas o Ministério Público Estadual vetou a reabertura do espaço pela ausência de licença ambiental, alvará de construção, alvará do Corpo de Bombeiros e certidão de uso do solo. Além disso, segundo perícia do MP, a obra carece de adaptações, como do sistema de drenagem.

A proposta dos vereadores é de prorrogar o prazo para adequação até 31 de dezembro de 2011. A data limite determinada pelo Plano Diretor era até 31 de julho de 2008. "Essa emenda visa principalmente possibilitar ao próximo governo resolver as pendências do CCON, obra importante para Goiânia e que tem de estar acima das divergências políticas", afirma o vereador Geovani Antônio.

O tucano alega que a alteração também atende outros prédios públicos que estão em situação irregular. A emenda foi incluída em um projeto de lei complementar que já tramita na Câmara, o que possibilita uma votação mais ágil.

Se for aprovada a alteração, o governador eleito teria como questionar a proibição do MP de realizar a festa da posse no CCON, já que o prazo para regularizar a obra não estaria mais vencido