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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Polícia Federal, prende 15 acusados de comprar votos para Íris

O que o candidato a governador Marconi Perillo (PSDB) vinha denunciando há algum tempo, materializou-se na quarta-feira 27 em Anápolis. A Polícia Federal apreendeu 15 pessoas acusadas de participar de um esquema de compra e venda de votos comandado pelo Instituto de Pesquisa Verus, contratado da coligação do candidato Íris Rezende (PMDB). Dos presos, mais tarde encaminhados para os presídios de Anápolis e Abadiânia, seis são do instituto de pesquisas e nove são eleitores de Anápolis.


Ontem (quinta-feira 28) de manhã, na sede da Policia Federal em Anápolis, o delegado titular, Angelino Alves, concedeu entrevista coletiva à imprensa para relatar os passos da operação. O delegado contou que essa prática vinha se repetindo em Anápolis, onde Marconi tem a preferência de mais de 70% do eleitorado, desde a semana passada.

Para tentar mudar o quadro favorável a Marconi em Anápolis, segundo relato do delegado, a coligação de Iris Rezende contratou o Instituto Verus que, a pretexto de realizar pesquisa qualitativa, reunia eleitores no Príncipe Hotel e, em troca de voto para o candidato do PMDB, pagava a cada participante R$50,00.

Segundo o delegado, os eleitores eram abordados nas ruas e em pontos de ônibus e convidados para uma pesquisa no hotel.No local, os membros do instituto realizavam a pesquisa e depois exibiam vídeos dos dois candidatos. Em seguida, faziam comentários contra o candidato Marconi e pediam votos para Íris. Na saída cada participante recebia R$50,00 a título de ajuda de custo para transporte e lanches, o que, para o delegado Angelino Alves, foi a maior prova de que as reuniões eram realizadas para a compra de votos.

Entre os 15 autuados em flagrante pela Policia Federal, que atuou amparada em mandado judicial, está o diretor do Instituto Verus, Luiz Felipe Gabriel Gomes, que confirmou em entrevista coletiva concedida à imprensa na sede da PF de Anápolis, onde estava detido, ter sido contratado pelo PMDB. No pátio da Polícia Federal de Anápolis, onde aguardavam a transferência para os presídios, os eleitores manifestavam revolta.

Os eleitores presos se disseram ludibriados com a atitude da coligação de Íris Rezende. Mulheres e homens, abordados em pontos de ônibus quando retornavam para seus lares depois de um dia de trabalho, agora estão presos por participarem de um crime que é inafiançável.

A pena de reclusão para cada envolvido, segundo o delegado, chega a quatro anos em regime fechado. Tanto quem pagou quanto quem recebeu o dinheiro de compra de voto respondem pelo mesmo crime