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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sabatina na FIEG

Em sabatina promovida pela Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), o senador Marconi Perillo (PSDB), candidato a governador pela Coligação Goiás Quer Mais, surpreendeu os membros da entidade ao comprometer-se a trabalhar, sendo eleito, pela construção de uma sede própria para a Facieg, já que a entidade funciona no mesmo prédio da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). O presidente da Facieg, Deocleciano Moreira, elogiou a atitude de Marconi, que também foi louvada pelos demais membros da associação antes de dirigirem perguntas ao candidato, e aplaudida por todos, unanimemente. O candidato comprometeu-se ainda, sendo eleito, que as primeiras entidades a serem ouvidas serão a Facieg e a Fieg.


Marconi, em sua apresentação, lembrou os avanços de Goiás em seus dois governos, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que saltou de R$ 17, 5 milhões para R$ 57 bilhões, e a geração de mais de 500 mil empregos diretos. Ele voltou a destacar a importância dos programas criados em suas gestões referentes ao desenvolvimento industrial e à criação e manutenção das estradas, como o Programa Produzir, Pró-Melhor e Terceira-Via, e discutiu a necessidade de trazê-los de volta.

Marconi respondeu perguntas baseadas nas necessidades que o Estado de Goiás apresenta.. Em relação à qualificação de mão-de-obra, apontou a proposta de seu plano de governo de criar cem escolas técnicas utilizando estruturas físicas que já existem, de forma a adequá-las para o uso. “Vamos usar cem escolas, que já existem, voltadas para qualificação de mão-de-obra, identificar nas regiões onde há exigência de mão-de-obra qualificada, e adequar essas escolas já existentes para que esse cursos sejam ministrados com professores adequados e monitores. O Estado deve ter a disposição de acordo com cada necessidade. Vamos contar com bolsas de instituições que possam vender seus serviços para o Estado, de acordo com as necessidades de cada região”, disse.

O governadoriável criticou a atual situação das rodovias, principalmente as da região Sudoeste, explicando que as estradas foram feitas sem planejamento. “As estradas da região Sudoeste estão completamente abandonadas. No passado não havia planejamento para se construirem estradas, e hoje, quando se tenta arrumar uma estrada, fazem uma operação tapa-buraco. É preciso arrancar o pavimento velho e fazer tudo de novo. Essas estradas que estão estragadas precisam ser reconstruídas”, disse. Em seguida, criticou o abandono pelo atual governo do Programa Terceira Via. “Infelizmente abandonaram o e Terceira Via. O que aconteceu com ele foi que as empreiteiras ficaram meses sem receber. É preciso voltar com o Terceira via e o Pró-Melhor”, afirmou. Marconi disse ainda estar estudando algumas duplicações e federalização de algumas dessas rodovias.



Celg



O caso Celg foi tema discutido por todos os candidatos, igualmente sabatinados, um por um, pela Facieg. Marconi, que conseguiu, por meio de uma reunião com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e representantes da Celg, que não haverá abertura do processo de caducidade até as eleições, tocou na questão da Celg quando foi questionado sobre um possível apagão elétrico no Estado. O tucano relembrou que a venda da Usina de Cachoeira Dourada foi responsável por 65% do desequilíbrio econômico da Celg e explicou o que foi discutido na reunião com a Aneel.

“O problema da Celg é um caso sério. A CPI identificou 11 problemas referentes à Celg, e o maior deles foi a venda da Usina de Cachoeira Dourada, responsável por 65% do desequilíbrio econômico da empresa. Depois das eleições, a Aneel vai encaminhar à Celg um pedido de reapresentação de um cronograma de reajuste econômico financeiro e administrativo da empresa. A empresa vai apresentar isso nos próximos meses à Aneel, que vai analisar se há viabilidade nessa proposta de reajuste econômico. Havendo essa possibilidade, a Aneel vai concordar e apoiar a reestruturação; caso contrário, abre-se o caminho para a caducidade da concessão”, disse.

Marconi comprometeu-se, sendo eleito, a destinar a primeira parcela do empréstimo exclusivamente a pagar encargos intrassetoriais da empresa. Ele anunciou ainda a escolha de técnicos graduados que farão a gestão completa da empresa, de forma absolutamente técnica. “Se for eleito, esse empréstimo de R$ 1,2 bilhão não vai para nenhum lugar a não ser para pagar encargos intrassetoriais. Fiz o compromisso de não tocar a mão nesse dinheiro. Se for preciso, vamos vender parte das ações até completar o pagamento da divida. Eleito governador, vamos escolher os mais graduados técnicos da empresa, escolher junto com os funcionários, e eles terão a gestão completa da empresa. Talvez, traremos alguém da Eletrobrás e da Aneel para que possamos ter uma gestão absolutamente técnica”, afirmou, sob intensos aplausos.