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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Presidente do TSE diz que impugnações por "ficha suja" não são expressivas

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Ricardo Lewandowski, disse hoje, em Manaus (AM), que não é expressivo o número de impugnações de candidaturas no país por causa da Lei da Ficha Limpa. Mais de 20 mil candidatos concorrem nas eleições deste ano e ao menos 3.000 tiveram problemas na Justiça Eleitoral.



"Não há surpresa nenhuma. No momento em que a lei foi publicada, todos os candidatos têm muita clareza dos documentos que devem ser apresentados à Justiça Eleitoral. O grande número de impugnações deve sim, realmente, à falta de apresentação de alguns documentos. Outras impugnações se devem, sem dúvida nenhuma, à nova Lei da Ficha Limpa, mas não é um número absolutamente expressivo", disse.



Quanto aos oito candidatos à Presidência que deixaram de apresentar documentos nos registros das candidaturas, o ministro afirmou que deu um prazo de 72 horas para a regularização. Com exceção de Marina Silva (PV), todos os presidenciáveis têm pendências. "Dei 72 horas para que eles completassem os documentos. São documentos de natureza secundária", disse.



Lewandowski foi ao Amazonas para fazer um teste de votação em local de difícil acesso. Na chegada à sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), ele foi recebido por servidores que participaram de uma greve por reposição salarial de 30%. Ele disse que não há previsão orçamentária para que o aumento seja dado neste ano.



Também descartou a possibilidade de paralisação dos servidores durante as eleições, como promete a categoria, e fez um apelo aos funcionários. "Não deixem de fazer esforços para que nós possamos levar essas eleições a bom termo. Não deixem a peteca cair."



Amanhã, o presidente do TSE viajará pelo rio Negro em uma embarcação da Marinha. Em uma escola flutuante no município de Iranduba, o ministro faz um teste de transmissão de dados via satélite para a eleição de 2010.



Segundo ele, a nova tecnologia de apuração dos votos será tão rápida como a da eleição de 2008. O resultado saiu em oito horas. "Queremos manter esse mesmo tempo ou melhoramos, temos cerca de 136 milhões de eleitores num país que é um verdadeiro continente. Nós temos a convicção que nós apuraremos as eleições no mesmo dia", disse o ministro.