Total de visualizações de página

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Marconi discute propostas para o cooperativismo

Candidato ao governo do Estado pela Coligação Goiás Quer Mais, o senador Marconi Perillo (PSDB) participou ontem (sexta-feira 30) da 5ª Edição do Seminário Estadual do Setor Cooperativista, no salão do Oliveira´s Place, em Goiânia. Ao seminário estiveram presentes também os demais candidatos ao governo do Estado. Todos eles debateram problemas do setor, apontaram intervenções e estabeleceram compromissos com o cooperativismo.

Entre as propostas de Marconi, foram muito aplaudidas pelos presentes as de efetivar o funcionamento da superintendência de cooperativismo (SUCOOP), criada por ele, e solicitar à Secretaria Estadual de Educação que defina a disciplina de cooperativismo nas escolas, começando pelo ensino médio.

Marconi lembrou a todos que sempre manteve boa relação com as cooperativas, como a dos anestesistas, médicos e até as cooperativas habitacionais. “Tive a oportunidade de visitar muitos países e aprofundar meus conhecimentos sobre cooperativismo. Acredito que esse trabalho de parceria, principalmente quando era governador, foi muito importante. Quando governador,tive oportunidade de me aproximar muito do cooperativismo. As cooperativas têm tido um papel fundamental na competitividade dos nossos produtos”, afirmou.

O governadoriável discutiu as necessidades do setor e sinalizou para a importância de estimular órgãos do Estado a aderirem à cooperativa de crédito dos funcionários públicos. “Primeiro precisamos efetivar o funcionamento da superintendência, é preciso haver funcionários que possam colaborar conosco, efetivar o conselho do cooperativismo. Quero solicitar à Secretaria Estadual de Educação que defina a disciplina de cooperativismo nas escolas, começando pelo ensino médio”, disse.

Em seguida, Marconi falou sobre a necessidade de retomar programas criados por ele para o setor. “Quero estimular os órgãos do Estado a aderirem à cooperativa de crédito dos funcionários públicos. Pretendo apoiar o cooperativismo em todos os seus segmentos. Determinar que todos os contratos do Estado permitam o pagamento de todos os serviços que sejam feitos através das cooperativas de créditos. Precisamos também retomar o programa Terceira Via e Pró-Melhor”, disse.



Perguntas



Marconi respondeu perguntas feitas pelo público. Sobre medidas a ser tomadas em relação aos pequenos produtores que trabalham em regime familiar e não contam com incentivos do Estado, afirmou que o governo deve exercer parâmetros em relação ao preço mínimo e qualificação desse produtor para que ele possa ter competitividade. Questionado sobre como combater o êxodo rural, argumentou que é preciso criar estímulos para que as famílias permaneçam no campo, como garantir escolas, saúde, segurança e renda. Sobre parcerias públicas-privadas com as cooperativas, afirmou que a questão será prioridade em seu governo.



Emater



Marconi comentou também sobre a Emater, discutiu projetos para garantir a manutenção do órgão e lamentou a extinção da Agência Rural. “Quando fiz a reforma administrativa do Estado, resolvi juntar três órgãos na área rural e criar um só para minimizar gastos e maximizar ações. Criamos a Agência Rural que, lamentavelmente, foi extinta no atual governo, e isso acabou criando uma série de transtornos para o setor agropecuário. Não só na área de extensão rural, mas também na área de pesquisas e na área de planejamento para as ações do campo. Quanto à Emater, nós temos uma certa discordância em relação ao conceito jurídico dessa criação, porque antes todas as empresas que havia eram constituídas enquanto empresas públicas. Nós tomamos a decisão de juntar muitas delas e transformá-las em autarquias, o que acaba custando mais barato para o Estado”, lembrou.

Em seguida, discutiu planos para o órgão, como o de criar uma diretoria de pesquisa agropecuária. “Nós vamos ver qual tipo de conceito jurídico vamos adotar para a Emater, mas o fato é que nós teremos já no primeiro dia do governo uma política de extensão rural para colaborar principalmente com a agricultura familiar. Teremos um planejamento para as ações na área agrícola e teremos uma diretoria de pesquisa agropecuária. O setor de pesquisa é fundamental para que possamos ter melhorias genéticas e em termos de produtividade. Portanto, criar uma política conceitualmente correta para o setor de produção será uma das primeiras metas nossas. Mas não vou fazer nada sozinho. Primeiro, quem vai gerir o setor do agronegócio no governo serão os próprios produtores. Vamos discutir isso com as unidades representativas do setor e colher subsídios e recrutar os melhores técnicos para gerirem todas as ações na área do agronegócio”, disse.