GO: partido do governo vive crise às portas da convenção

O PP de Goiás, partido do atual governador Alcides Rodrigues, optou este ano por não lançar candidato próprio à sucessão estadual e pretende homologar no próximo domingo (27) o nome de Vanderlan Cardoso (PR) na disputa. Porém, há menos de seis dias da convenção conjunta dos nove partidos apoiadores de Vanderlan (o coletivo ganhou o nome de Nova Frente), os pepistas enfrentam uma crise, que pode ser crucial para o processo.




O secretário geral do partido, Sérgio Lucas (PP), entrou com uma representação no Conselho de Ética da sigla contra o atual presidente, Sérgio Caiado (PP), na última sexta-feira (18), alegando o que Lucas chama de condução "sem diálogo" da direção regional. "Não houve nenhuma reunião do partido para deliberarmos sobre o apoio a Vanderlan", denuncia.



Caiado já foi notificado, mas a apuração da queixa deve durar cerca de 30 dias. Em paralelo à briga na cúpula, o PP também enfrenta levante de prefeitos rebeldes, liderados por Ricardo de Pina, de Piracanjuba, que afirma que mais de 30 colegas querem discutir a proposta de apoiar Marconi Perillo (PSDB), e não Vanderlan, na sucessão. A alegação é que o PSDB e o PP compunham juntos a base que elegeu a maioria deles em 2004 ou 2008.



Abordado durante evento nesta terça-feira (22) no Palácio das Esmeraldas, sede do governo, o presidente pepista Sérgio Caiado não quis comentar a situação. Já o governador Alcides Rodrigues, que tem evitado colocar lenha na fogueira política do seu partido, insinuou que o PP deve compor mesmo com Vanderlan, mas não confirmou que a vice do republicano estaria reservada para o partido. "O vice vai ser discutido, obviamente, pelas lideranças do partido que compõem a base do pré-candidato Vanderlan. O PP, com toda certeza, vai ter um lugar na chapa", prometeu.