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sábado, 20 de novembro de 2010

PF deflagra operação para desarticular esquema de fraudes em licitações no Vale do Araguaia

Fonte: TVCA

A Polícia Federal deflagrou hoje, 19, a operação Atlântida para desarticular uma organização criminosa envolvida em um esquema de fraudes em licitações e desvios de verbas federais. A ação desencadeada é resultado de um trabalho conjunto da Polícia Federal (PF) com a Controladoria Geral da União (CGU).

Todos os 26 mandados de prisão temporária, 35 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de condução coercitiva foram cumpridos. Do total de prisões, seis foram cumpridas em Cuiabá. Para cumprimento nos municípios de Cuiabá, Barra do Garças (MT), Pontal do Araguaia (MT), Canarana (MT), Novo São Joaquim (MT) e Ribeirãozinho (MT). Também foi decretado o sequestro dos bens de 33 investigados, sendo 26 pessoas físicas e 07 pessoas jurídicas.

As investigações conseguiram identificar organizações criminosas voltadas ao desvio de verbas públicas e fraudes em processos licitatórios nos municípios integrantes do Vale do Araguaia. Além das fraudes nos processos licitatórios, ficou comprovado o desvio de recursos públicos. Os prejuízos aos cofres públicos, de acordo com estimativa realizada pela CGU, podem ultrapassar R$ 38.000.000,00 (trinta e oito milhões de reais).
INVESTIGAÇÕES

O inquérito policial foi instaurado em fevereiro deste ano para investigar uma suposta associação de empresas que atuam no Vale do Araguaia que faziam combinações de propostas nas licitações de obras de engenharia e pavimentação asfáltica na região.

Segundo a Polícia Federal foi possível identificar a existência de uma organização criminosa em plena atuação e que fraudava procedimentos licitatórios, bem como promovia o desvio de verbas federais, contando, inclusive, com a participação de servidores públicos.

As investigações mostram que os funcionários públicos eram membros de comissões de licitações, servidores da Secretaria de Estado e Infra-estrutura e de um empregado da Caixa Econômica Federal.

Os suspeitos poderão responder por peculato, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude em licitação, falsidade ideológica e advocacia administrativa, entre outros crimes.